Entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro, será realizada a ação “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres e meninas”, ação que realizada pela Prefeitura de Araraquara por meio do Centro de Referência da Mulher “Professora Doutora Heleieth Saffioti” e a Coordenadoria de Políticas para Mulheres.
A ação tem um evento preparatório marcado para esta quarta-feira (16), às 18h30, na Câmara Municipal, que receberá o lançamento da campanha “Luto contra as violências”. Já as ações que serão realizadas dentro do período de 21 dias contarão com ato de sensibilização e panfletagem, oficina de cartazes, marcha unificada, rodas de conversa, mesas redondas, caminhada, lançamento de e-book, entre outros.
A coordenadora executiva de Políticas para Mulheres, Grasiela Lima, revela que em Araraquara serão oferecidos eventos e atividades anteriores e posteriores à mobilização. “Nós temos algumas ações como lançamento do protocolo de atendimento às mulheres em situação de violência, revisado e atualizado, e cursos para a rede em função desse protocolo. Entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro, teremos atividades artísticas voltadas para a temática sobre as mulheres como música, poesia, malabares e também um sarau que será realizado na Praça das Bandeiras. A arte é entendida como fundamental tendo em vista a sensibilização e a conscientização crítica em relação a essas questões voltadas para a violência contra as mulheres”, explica.
Ela destaca que a atual mobilização se difere do Agosto Lilás, embora ambas tenham como objetivo a conscientização sobre a violência contra as mulheres. “O que diferencia as ações do Agosto Lilás para os 21 dias de ativismo é que no Agosto Lilás o foco é na violência doméstica e familiar contra as mulheres, enquanto nos 21 dias a abordagem é em relação a todas as formas de violência contra as mulheres”
, salienta.
“Para além das cinco violências tipificadas na Lei Maria da Penha, que são física, sexual, psicológica, moral e patrimonial, falaremos sobre violência obstétrica, assédio e importunação sexual, além, é claro, do feminicídio”, acrescenta Grasiela.
Ela assegura que as ações irão abarcar as diferentes formas de violência contra as mulheres. “A programação vai destacar as interseccionalidades: mulher preta, mulher trans, travestis e também a questão intergeracional ligada a meninas, adolescentes, porque a violência contra as mulheres perpassa todas as fases da vida, infelizmente. Para além dos debates e da visibilidade, também é objetivo mobilizar a sociedade para que assuma papel de protagonista na luta
pelo fim da violência contra as mulheres”, pontuou a coordenadora.
A programação está em fase de conclusão e será divulgada nos próximos dias pela Prefeitura de Araraquara.