sexta-feira, 22, novembro, 2024

PSL de Araraquara nega envolvimento com Direita São Paulo, de Rodrigo Ribeiro

Mais lido

Adriel Manente

O secretário de formação política do Partido Social Liberal (PSL) de Araraquara, Frederico Yamada, visitou a redação do Jornal O Imparcial nessa segunda-feira (29) para falar a respeito da polêmica criada em torno do partido depois de uma fala do coordenador do movimento Direita São Paulo-Araraquara e assessor do deputado Douglas Garcia (PSL), Rodrigo Ribeiro, em audiência pública que teve como tema o programa social de habitação de Araraquara. Na oportunidade, Rodrigo discursou na tribuna da Câmara, atacou o projeto e criticou ferrenhamente a medida do governo municipal.

Em sua fala na Câmara Municipal, Rodrigo usou de palavras duras para se referir ao programa social, que, segundo ele mesmo pondera, foram indevidas. “Eu reconheço que não soube expressar minha fala, mas quererem explorar isso, e é muita maldade”, disse Rodrigo, que na audiência do dia 22 de abril fez relação ao programa social com o aumento da criminalidade, algo que foi muito criticado. Segundo Rodrigo, a fala na sessão extraordinária foi como coordenador do movimento Direita São Paulo, e é bom ressaltar que em nada representa o PSL. “O nosso movimento é um ativismo suprapartidário. Nós brigamos por nossa ideologia, o PSL é nossa legenda porque se alinha a nossa ideologia, porém, é um partido político mais ponderado”, afirma.

Posição essa reforçada pelo membro da alta cúpula do PSL, Frederico Yamada. “É preciso que se faça um paralelo. O PSL não tem nenhuma ligação com o movimento Direita São Paulo, não sabíamos do ocorrido até mencionarem o partido. Ao menos agora sabemos o que nossos adversários pensam a respeito de nós, nenhum membro do nosso diretório tem essa postura combativa. Aliás, nossa postura, nesse momento, é a de evitar embates diretos”, reforça.

Casa da mãe Joana

Para salientar ainda mais essa postura, na sessão ordinária do dia 7 de maio na Câmara Municipal, o partido de direita vai usar a tribuna popular para retirar essa impressão de que qualquer coisa que é falada por pessoas que se dizem de direita é atrelada ao partido. “Aqui não é a casa da mãe Joana”, diz o secretário.

Pouco participativo
De acordo com Yamada, Rodrigo é sim filiado ao PSL. Houve rumores de que após o episódio ele seria excluído do partido, algo negado pelo secretário. “Ele [Rodrigo] nos explicou, disse que em nenhum momento falou como membro do PSL e ele continua conosco”, disse. Para Frederico, se for do desejo de Rodrigo em ser candidato a vereador, ele não vê nenhum problema em Ribeiro ser tido como pré-candidato, já que, segundo ele, “Rodrigo atende a todos os requisitos que o partido procura”. Porém, faz ressalvas. “Ele é filiado, mas não têm participado dos nossos eventos”, explica.

Sobre o Programa Social de Habitação

Questionado quanto ao programa de habitação proposto pela prefeitura, o secretário é enfático. “É errada essa ideia que a direita é contra programas sociais. O próprio 13º do programa Bolsa Família proposto pelo presidente Bolsonaro mostra isso. O que temos que ver é o modelo como é feito”.

Bolsa Cidadania

Outro exemplo citado foi mais um programa social proposto pelo governo municipal, de ceder uma renda às pessoas mais carentes da cidade. “O caso é que deve ser mais criterioso. Se for só isso [dar dinheiro] está errado. É preciso dar também oportunidade para as pessoas saírem dos problemas”, comenta.

Eleições 2020
Por fim, Yamada conta um pouco sobre os planos do partido. “Neste ano, não definiremos candidatos ao executivo”. Para finalizar, o secretário relata que há negociações com outros partidos para coligações, sempre partindo do pressuposto ‘ser de direita’. “Estamos abertos a nomes”, concluiu.

Redação

Mais Artigos

Últimas Notícias