Por José Augusto Chrispim
Na manhã desta sexta-feira (28), o prefeito de Araraquara, Dr. Lapena (PL) e o secretário de Finanças, Roberto Pereira, realizaram uma coletiva de imprensa no 6º do Paço Municipal para apresentarem o relatório final do governo de transição. Os números mostram que a Prefeitura tem uma dívida total de R$ 1.092.741.303,43 entre compromissos de curto e longo prazo.
De acordo com o secretário Roberto Pereira, parte dos R$ 562 milhões referentes à dívida de longo prazo, já está sendo paga mensalmente, já que é necessário fazer o pagamento de R$ 400 milhões durante os quatro anos deste mandato, ou seja, R$ 100 milhões por ano.
Ele explicou que as dívidas, são na sua grande maioria, são com bancos e têm juros altos. “Tem algumas que vencem em 2026, 2027. Vamos amortizar apenas uma parte da dívida por causa dos juros”, disse o secretário que acrescentou que a capacidade de liquidez da Prefeitura já está toda tomada. “Não temos mais crédito para novos empréstimos. Temos algumas alternativas que estamos estudando, como a venda de imóveis, por exemplo, mas, não sei se vamos conseguir achar R$ 40 milhões em imóveis do município para colocar à venda”.
Fraude?
Sobre a declaração do ex-prefeito Edinho Silva (PT) dada em um programa de rádio nesta semana sobre uma possível fraude que teria ocorrida na atual gestão com relação à um pagamento que teria sido feito nesse mandato e lançado no anterior, Roberto Pereira ressaltou que a Pasta é constituída apenas por funcionário de carreira que não teriam interesse nenhum em prejudicar as contas de nenhum prefeito. Ele acrescentou que o caso será apurado e que não restará nenhuma dúvida.
Superávit
Sobre a questão do superávit anunciado pelo ex-prefeito Edinho, o secretário alegou que do dinheiro deixado em caixa, apenas uma parte é da Prefeitura, o resto é dinheiro que já está empenhado em alguma dívida. Ele também disse que hoje o orçamento da prefeitura é deficitário. “Se teve superávit ou não o Tribunal de Contas vai dizer. As contas vão ser fiscalizadas pelo Tribunal de Contas”, ressaltou.