segunda-feira, 8, julho, 2024

Servidores da Unesp fazem paralisação em Araraquara

Mais lido

José Augusto Chrispim

 

Cerca de 800 funcionários da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara realizaram uma paralisação por reajuste de salário nessa segunda-feira (27). Pela manhã, um grupo de servidores se reuniu na portaria do Campus da Faculdade de Ciência de Letras (FCL).

De acordo com os grevistas, as principais reivindicações são o aumento de 2,2% nos vencimentos e também a garantia do pagamento do 13º salário. Porém, a reitoria da universidade alega não ter recursos para cumprir o pedido que impactaria em cerca de R$ 49 milhões, considerando 12 meses mais 13º terceiro salário e férias constitucionais.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) se reuniu ontem para a realização da terceira e última rodada de negociação do reajuste dos servidores técnicos e administrativos e dos docentes das três instituições Unesp, USP e Unicamp.
De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, a paralisação foi parcial e não afetou de forma significativa as atividades essenciais em nenhum campus da Universidade.

 

Leia a nota na íntegra:

Neste momento, Unesp prioriza o 13º salário para todos

1) Informamos que, em 24/05/2019, foi feito o pagamento da segunda e última parcela (50%) do 13º salário relativo ao ano de 2018 aos servidores docentes e técnico-administrativos autárquicos.

2) Conforme informado na reunião do Conselho Universitário ocorrida em 25/04/2019, após reuniões de negociação que envolveram as secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, da Saúde e da Fazenda e Planejamento, a Unesp acordou com o governo do Estado o ressarcimento dos valores correspondentes à folha de pagamento dos 644 servidores ativos que trabalham no Hospital das Clínicas de Botucatu, totalizando cerca de R$ 83 milhões anuais. Esse valor, somado aos R$ 25 milhões já provisionados para o pagamento do 13º salário do exercício atual, já perfazem 67% do valor total do 13º salário de 2019. Com esse aporte de recursos e o esforço da Unesp de equilibrar as despesas, espera-se, prioritariamente, cumprir com o pagamento integral do 13º salário de 2019 a todos os servidores durante o presente exercício.

3) Após a provisão integral do 13º salário do ano de 2019, permitindo seu pagamento a todos os servidores docentes e técnico-administrativos, celetistas e autárquicos, e dependendo da evolução da arrecadação do ICMS, será determinado o melhor momento para aplicar o dissídio de 2,2% aprovado pelo CRUESP na reunião ocorrida com o Fórum das Seis na data de hoje (27/05/2019). Apenas para conhecimento da comunidade, o valor de 2,2% do reajuste impactaria a folha de pagamento anual da Universidade em cerca de R$ 49 milhões, considerando 12 meses mais 13º terceiro salário e férias constitucionais.

Informamos ainda que as reuniões periódicas que estão ocorrendo entre representantes das entidades sindicais com a Pró-Reitoria de Planejamento Estratégico e Gestão (Propeg) e a Comissão de Orçamento serão mantidas, de forma a permitir o acompanhamento das despesas correntes da Universidade e receitas repassadas pelo Estado.

Na expectativa de que poderemos superar em 2019 o maior desafio orçamentário e financeiro herdado pela atual gestão, ou seja, a ausência de uma folha de pagamento no orçamento de 2017, que tem dificultado o pagamento do 13º salário a todos ainda durante o exercício financeiro, solicitamos a compreensão da comunidade em relação ao encaminhamento que está sendo dado, postergando a implementação do reajuste concedido pelo Cruesp para o momento adequado.

 

Paralisação estadual

Além dos mais de 800 servidores dos três campis de Araraquara, a paralização dessa segunda-feira (27) atingiu universidades de outras 33 cidades.

Caso a direção da Unesp decidir não conceder o reajuste pedido pelos servidores, uma assembleia deve ser agendada para definir os próximos passos que podem incluir uma possível greve.

 

Redação

Mais Artigos

Últimas Notícias