Por unanimidade, os servidores municipais de Araraquara, reunidos em assembleia organizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região – SISMAR – na noite desta quinta-feira, 8, rejeitaram a proposta de reajuste salarial oferecida pela Prefeitura, que era de cortar o abono pecuniário do salário, transferir este valor para o tíquete e manter as perdas acumuladas desde a pandemia.
Os servidores lotaram o Salão de Eventos da Sede de Campo do Sindicato em uma assembleia muito movimentada, com debates francos, abertos e com muita disposição para a luta.
A decisão tomada na assembleia foi de voltar à mesa de negociação reiterando a pauta de reivindicações, com a incorporação do abono pecuniário ao salário e recuperação de parte das perdas salariais, conforme promessa de campanha do prefeito Lapena.
Veja abaixo a pauta completa que será novamente protocolada na Prefeitura.
Os servidores também decidiram, na assembleia, entrar em estado de greve, em um claro recado à Administração de que a categoria está disposta à luta para conquistar aquilo que foi prometido. Importante destacar que ainda não há nenhuma paralisação prevista. O SISMAR e os servidores sabem que a greve é a última saída, caso as negociações se esgotem.
Incorporação ao salário
Prefeitura, Daae e Fungota já se comprometeram, por meio de ofícios enviados ao Ministério Público, a fazer a incorporação aos salários. Porém, na mesa de negociação e na proposta enviada ao Sindicato, o governo Lapena insiste em cortar o abono e passar o valor para o tíquete. Não por acaso, a proposta foi rechaçada pela totalidade dos mais de 600 servidores presentes em uma das maiores assembleia dos últimos anos.
O Sindicato vai notificar a Prefeitura sobre a decisão da assembleia e se coloca à disposição para novas rodadas de negociação.
Pauta de reivindicações
1. Reposição da inflação referente ao período de maio de 2024 a abril de 2025, acrescido de 10% de aumento real;
2. Aumento do valor do vale alimentação para R$ 1.200,00, tendo como base o valor da cesta básica que ultrapassa os R$ 1.000,00;
3. Desvinculação das faltas abonadas ao vale alimentação, garantindo que o servidor mesmo adoecido possa ter sua alimentação garantida;
4. Incorporação do abono pecuniário ao salário;
5. Implantação do subsídio do plano de saúde aos servidores da Fungota, nos mesmos moldes ao concedido aos servidores da prefeitura e DAAE, conforme aprovado na Data Base de 2024.
6. Cronograma de reposição das perdas salarias que acumularam ao longo dos últimos cinco anos;
7. Evolução salarial em função dos anos de trabalho dos servidores proporcional baseando-se no piso instituído para o funcionalismo público municipal de Araraquara;
8. Criação da licença sem vencimentos e faltas abonadas para os funcionários da FunGota nos mesmos moldes dos servidores municipais da prefeitura;
9. Alteração da tabela do subsídio do plano de saúde