sábado, 21, setembro, 2024

Servidores fazem homenagem a funcionária de CER vítima da Covid-19

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Servidores fizeram uma homenagem à funcionária da área da Educação do Município, Queli Fernanda Geraldo Fernandes, em frente ao CER José Alfredo Amaral Gurgel, no Jardim Adalberto Roxo, na manhã dessa terça-feira (4). Queli tinha 45 anos, e foi mais uma vítima fatal da Covid-19 em Araraquara. Ela morreu durante a madrugada do domingo (2) em decorrência de complicações da Covid-19. A servidora tinha comorbidades e estava internada desde 27 de abril.

A agente educacional foi positivada recentemente junto de outros seis funcionários do CER José Alfredo Amaral Gurgel, onde ela trabalhava. Ela ainda não havia sido vacinada, pois a faixa etária disponibilizada com a vacina contra a Covid-19 para profissionais da educação, até o momento é para pessoas com 47 anos ou mais. Queli deixa o marido, também internado com covid-19, e dois filhos de 19 e 10 anos também infectados.

Homenagem

Os servidores municipais da Educação que estão em greve, pararam seus carros em frente ao CER, onde deixaram flores no portão para demonstrar seu luto pela morte da colega de trabalho, na manhã dessa terça-feira (4). As medidas de distanciamento social foram respeitadas pelos participantes da homenagem. Além das flores, cartas e uma faixa do SISMAR completaram a homenagem. A faixa dizia que “A vida tem que ser prioridade da Educação”.

Alguns moradores do bairro também foram até o local prestarem suas últimas homenagens à servidora pública que era muito querida na unidade escolar. Uma amiga de trabalho de Queli compôs uma música em sua homenagem que foi tocada durante o ato.

Morte poderia ter sido evitada

O presidente do SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região), Gustavo Jacobucci, relatou à reportagem que a homenagem também contou com o protesto pela perda da companheira de trabalho Queli Fernades. “Estamos aqui em homenagem e também em protesto em função da perda da nossa amiga, que poderia ter sido evitada, se a Prefeitura tivesse admitido que essa abertura é precoce, pois não existe ainda segurança para a volta às aulas, e ouvido os especialistas. Toda vez que a gente faz uma greve, ela é instrutiva, pois a gente está falando com cientistas, pessoas renomadas inclusive, que passam o esclarecimento para a população sobre os riscos. Nesse caso, a ciência e a saúde são as principais. E a prefeitura não houve, eles falam no comitê de contingenciamento, mas está havendo positivação todo santo dia, teve o óbito, tem mais a colega da Queli que está internada, a família da Queli que o marido está internado e os dois filhos estão com Covid-19, a gente pede a Deus que não aconteça nada e saiam logo do hospital. Então, fica aqui o protesto em homenagem à nossa companheira e a greve vai continuar enquanto não houver as duas doses de vacina para os servidores e alguns protocolos de segurança sejam seguidos à risca, pois a prefeitura diz que segue, mas infelizmente não está seguindo. A gente acompanha de perto as unidades e vê que não estão sendo seguidos”, relatou Jacobucci à reportagem.

Volta às aulas

A Prefeitura também emitiu uma nota em solidariedade à morte da servidora e ressaltou que atribuir o agravamento dos casos de Covid-19 à volta às aulas “seria faltar com verdade”.

“A Prefeitura de Araraquara se solidariza com a família da servidora pública municipal Queli Fernanda Geraldo Fernandes, de 45 anos, que faleceu de Covid-19 neste domingo. Infelizmente, a nossa cidade já registrou 393 óbitos desde o início da pandemia. São vítimas das mais diversas profissões e localidades da nossa cidade.

Do total de profissionais da educação testados, 1.577, eram 13 IGM ou 0,82% do total dos testados. Menos de 1%. Ninguém pode dizer que é a volta as aulas que gerou a positivação de alguém, nem seu agravamento e nem seu óbito. Atribuir a volta as aulas o agravamento de algum casos de covid19 no município, no mínimo, é faltar com a verdade”, dia a nota da Prefeitura.

Redação

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