Servidores que atuam nas unidades prisionais que compõem a Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) estão sendo capacitados para aplicar o teste rápido de detecção de HIV/Aids por via oral na população carcerária. O exame usa amostras de saliva (fluido oral), o resultado sai em 20 minutos e é 99% confiável. O treinamento já foi aplicado, inclusive, em presídios de outras regiões do Estado.
A última fase do programa, que contempla a CRN, começou em fevereiro, por Ribeirão Preto. Agora, o trabalho prossegue em Pirajuí (março) e Avaré (abril), onde aproximadamente 280 funcionários serão qualificados para aplicar os testes na população prisional, além do aconselhamento pré e pós-teste.
O projeto é uma iniciativa da Coordenadoria de Saúde da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) em parceria com o Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP da Secretaria da Saúde do Estado, e integra o plano de “Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento de Servidores” para atuarem no “Programa Estadual para Prevenção, Controle, Diagnóstico e Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da AIDS”.
Meta até 2020
Em 2014, o Brasil assumiu a chamada meta 90/90/90, estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), a fim de controlar a epidemia mundial até 2020. Esta meta consiste em ter, até o ano que vem, 90% das pessoas com HIV devidamente diagnosticadas, realizando o tratamento com antirretrovirais e com carga viral indetectável.
Levantamento divulgado em 2017 mostrou que, das 830 mil pessoas que viviam com HIV no Brasil à época, 84% já tinham sido diagnosticadas. Deste total, conforme apontou o estudo, 72% estavam em tratamento e 91% haviam atingido a supressão viral – quando a proporção de vírus circulante no sangue é considerada pouco expressiva, o que indica o sucesso do tratamento.