quinta-feira, 21, novembro, 2024

Thainara Faria participa de roda de conversa sobre combate ao racismo e feminismo em Botucatu

A vereadora araraquarense foi convidada pelos organizadores para contar um pouco de sua militância no combate ao racismo e o papel da mulher negra no legislativo.

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Com o tema: “Os desafios de um mandato progressista e feminista”, representantes da sociedade e militantes se reuniram no Sindicato dos Professores e Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), em Botucatu-SP, na última quarta-feira (16), debatendo assuntos como mulher preta na politica, empregabilidade e o combate ao racismo.

A vereadora pela cidade de Araraquara, Thainara Faria (PT), foi convidada para contar um pouco sobre sua trajetória na política e a representatividade que é ser a primeira mulher preta eleita para o cargo de vereadora na Casa de Leis de Araraquara.

“Quando eu tive a compreensão das políticas públicas que contemplaram eu e minha família, entendi que eu teria que dedicar a minha vida para construir novas políticas públicas e fortalecer as já existentes para dar acesso e condições para cada pessoa”, enfatizou Thainara.

Pensando no conceito de construção coletiva da política atual, a presidente do Psol de Botucatu, Thalita Tavares destacou: “Acreditar no poder do coletivo é o nosso diferencial. Já não basta a vivência que nos toma tempo e energia para enfrentar dificuldades estruturais e históricas, e como legado da nossa ancestralidade, usamos dessa força da cooperação e da construção coletiva.”

“É o momento de juntar a força das mulheres, juventude e principalmente do povo negro”, é o que disse Tiago Alves, uma vez que em 2018 o número de candidaturas de pessoas negras subiu 1,9% com relação a 2014, representanto assim 46,2% dos candidatos. Apesar do crescimento, o número ainda é baixo se considerar que 55,9% da população brasileira se considera parda ou preta, segundo o IBGE.

Mesmo com a diminuição da porcentagem da diferença entre candidatos brancos e negros eleitos no Brasil, segundo os dados do TSE 2020, ainda há uma subrepresentatividade, dado que 54% dos politicos que assumiram o legislativo são brancos, o que ainda reforça o racismo estrutural na sociedade.

Thainara Faria se considera fruto de uma luta contra um sistema racista e preconceituoso de uma cidade ainda conservadora.

“Ninguém estava acostumado em ver uma mulher, jovem e preta organizando e comandando um mandato, mas a única opção era acreditar em mim em 2016, o que resultou em um coletivo forte e resistente que apoiou e me fez ser eleita naquele ano e ser reeleita em 2020 como a candidata mais votada daquela eleição”, ressaltou Thainara.

A vereadora araraquarense firmou o compromisso de estar à disposição para construir e debater com as lideranças de movimentos raciais e feministas de Botucatu e toda região.

Redação

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