Vereadores da base aprovam redução de gratificação de R$ 400,00 de servidores do DAAE

Vereador Alcindo Sabino (PT) pediu Vista ao Projeto, mas oposição foi vencida pela base

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Por José Augusto Chrispim

A 4ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Araraquara de 2025, assim como ocorreu nas outras três primeiras sessões do ano, foi marcada por divergências entre vereadores da base do governo Lapena e da oposição.

Um simples pedido de inversão de pauta gerou um pequeno tumulto entre vereadores da base e da oposição. O vereador Guilherme Bianco protestou, pois, levantou a hipótese de que depois das votações dos projetos, os vereadores da base deixariam a sessão para que não fossem discutidos fatos importantes de interesse da população ocorridos entre a última sessão e hoje (11). A sessão foi suspensa para que os projetos incluídos passassem pelas Comissões.

Redução de gratificação

O assunto que mais gerou debates foi o Projeto que altera a Lei adequando o regime de licitações e contratos na Administração Pública que propõe a redução da gratificação de nove pregoeiros do DAAE em cerca de R$ 400,00 para que se equipare aos vencimentos com outros 80 servidores da Prefeitura.

Depois de várias falas da oposição contrárias a aprovação do Projeto, a vereadora Fabi Virgílio (PT) pediu Vista de 10 dias para que o assunto fosse discutido entre os vereadores antes de ser colocado em votação final, porém, por 9 votos a 7 o pedido foi negado.

Em seguida, o vereador Alcindo Sabino (PT) reiterou o pedido de Vista por 10 dias, mas, também foi rejeitada pelos vereadores da base.

O vereador Aluisio Boi (MDB) pediu suspensão de 10 minutos da sessão para que ocorresse uma conversa com o líder da base, o vereador Michel Kary (PL), porém, a base recusou o pedido do emedebista em votação nominal.

Queda de braço pequena

O vereador Boi fez críticas ao Projeto e ao líder do governo, Michel Kary, que delegou a sua fala ao vereador Coronel Prado (NOVO). “O vereador Michel Kary não é mais líder do governo. Ele não tem legitimidade para falar porque não cumpriu o que combinou. O governo faz aqui uma queda de braço por uma coisa pequena que não tem a mínima necessidade. Eu acho que vocês não podem votar aqui porque lá atrás foi votado assim, vocês têm que votar porque são contra os servidores e assumir isso”, falou Boi.

Já o vereador Guilherme Bianco (PCdoB) ressaltou que o governo tinha falado que esse projeto não seria votado, e que não fazia sentido diminuir salário de servidores.

O vereador da base, Dr. Lelo (PL) citou a frase de Maquiavel “Os fins justificam os meios” para justificar a situação, ressaltando que a administração passada não pensou no servidor quando mudou o sistema de Estatutário para CLT.

Maioria

De acordo com o vereador Boi, os vereadores da base se aproveitaram da ausência do emedebista Marcão da Saúde, que não compareceu à sessão por motivos de saúde, para aprovarem o projeto com maioria dos votos.

Para Boi, eles cometeram uma traição, pois, havia um acordo com o governo para a retirada do projeto da pauta.

Ao final, o projeto foi aprovado com os 9 votos de todos os vereadores da base.

Fotos: Sandra Catanzaro/Colaboração

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