sexta-feira, 22, novembro, 2024

Via pública vira depósito de entulho e lixo

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José Augusto Chrispim

 

Diariamente a redação do jornal O Imparcial recebe denúncias de moradores que não suportam mais lixo e entulho jogados por quase todas as regiões da cidade. Outro problema apontado por profissionais que trabalham com carretos de entulho é a burocracia que muitos encontram nos bolsões da cidade.

Moradores da área localizada na região do condomínio Damha, mais precisamente na Avenida Deputado Federal Mário Eugênio, que liga a região do Vale do Sol ao Jardim Maria Luiza, procuraram a reportagem para denunciar o descarte diário de entulho e lixo às margens da via. “Eu flagrei um rapaz com uma caminhonete descarregando entulho na frente da minha propriedade hoje de manhã e fui falar com ele. Ele me disse que não existe bolsão naquela região e quando encontra um, geralmente não consegue descarregar devido à burocracia. Tem até sofá velho jogado em frente da minha chácara, o local está virando um criadouro de mosquitos e animais peçonhentos. Além da falta de educação das pessoas, acho que falta também fiscalização por parte da prefeitura”, reclamou o morador.  

 

Burocracia

Muitas reclamações partem também de pessoas que tentam entregar entulho nos 8 PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) espalhados pela cidade, mas não conseguem. Algumas reclamam também da burocracia para entregar resíduos nos bolsões e acabam descartando em qualquer lugar. Algumas, até do lado de fora dos depósitos.
Em vários bolsões pode-se notar que há mais entulho e lixo jogado ao redor deles do que efetivamente em seu interior. Outro problema apontado são as invasões dos PEVs, como os do Parque São Paulo e Jardim Capri, que não estão recebendo materiais recicláveis temporariamente, para retirar esses tipos de materiais.
De acordo com os profissionais que trabalham com entulho, os bolsões só aceitam um metro cúbico por endereço mensalmente, caso o morador tenha uma carga maior, é obrigado a dar outro destino ao material que, muitas vezes, é jogado em terrenos baldios ou estradas de terra na periferia da cidade. 

Como funcionam os bolsões

De acordo com a assessoria de imprensa do Daae, que administra os PEVs, a retirada do material é feita por um novo sistema em que o próprio usuário descarta o tipo de resíduo em caçambas. Esse sistema é mais dinâmico e ágil, pois assim que a caçamba fica cheia, já é trocada, com isso não há mais acúmulo de resíduos nos bolsões. Na região apontada pelo denunciante, o bolsão mais próximo é o do Jardim Igaçaba.

 

Oito PEVs (bolsões)

O Daae conta com oito pontos de entrega de entulhos e volumosos (PEVs), mais conhecidos como bolsões, instalados em pontos estratégicos da cidade para o descarte de pequenos volumes de Resíduos da Construção Civil (entulhos) e Volumosos.
Os bolsões estão limitados a receber até 0,5 (meio) metro cúbico de entulhos por gerador por mês e até 1 (um) metro cúbico por descarga de resíduos volumosos (madeiras, sofás, móveis em geral, vegetações e podas de árvores), ou seja, o equivalente ao que pode ser transportado veículo utilitário ou veículo tipo caminhonete de pequeno porte.
Podem utilizar os bolsões os pequenos geradores particulares ou pequenos transportadores cadastrados junto à Diretoria de Gestão Ambiental do Daae e com apresentação do Controle de Transporte de Resíduos (CTR) e da cópia da conta de água do gerador.

 

O que pode ser descartado

Entulhos – Limite de recebimento de 0,5 m3 por gerador durante o período de um mês, desde que trazidos pelo próprio gerador.
Podas de árvores – recebemos mais de uma viagem por gerador, desde que cada viagem atenda ao limite de 1m3.
Resíduos de madeiras (até 1 m3 por viagem) – madeiras da construção civil, como tábuas, sarrafos, caibros, pontaletes, etc.
Resíduos volumosos (até 1 m3 por viagem) – móveis de madeira, como camas, armários, móveis estofados (sofás) e colchões e eletrodomésticos (geladeira, fogão etc.).
Materiais recicláveis – Pequenas quantidades, mas a orientação é utilizar o programa de coleta seletiva disponibilizada na cidade.
Pneus – Até o limite de 4 unidades por gerador (veículos de passeio).
Resíduos eletroeletrônicos -Até o limite de 4 unidades por gerador, restrito a equipamentos de uso doméstico.
Lâmpadas fluorescentes – Até o limite de 6 unidades de uso doméstico.
Obs. As quantidades superiores a este limite, no caso dos pneus, eletroeletrônicos e lâmpadas fluorescentes (desde que essas lâmpadas tenham sido de uso doméstico) devem ser encaminhadas para área de recebimento do Daae, localizada na Av. Gervásio Brito Francisco nº 750 (Aterro Sanitário). Grandes quantidades de lâmpadas fluorescentes de empresas, comércio e indústrias devem ser contratadas empresas licenciadas para o tratamento e disposição final adequada.
Empresas Licenciadas: Reluz (16) 992035571 e Dionísio Ambiental (16) 36281136.

 

Horário de funcionamento dos PEVs (bolsões)

De segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, com fechamento nos intervalos das 9h às 9h15, e das 15h às 15h30 e aos sábados e domingos, das 8h às 16h.

 

Endereços dos PEVs e dias de fechamento para remoção dos resíduos:

PEV Santa Lúcia – Rua Castro Alves, nº 80 (em frente ao poço Santa Lúcia)

PEV São Gabriel – Rua Fortunato Micelli, nº 83 (esquina com Avenida Rômulo Lupo, Parque das Laranjeiras)

PEV Parque São Paulo – Avenida Maria Brambilla Passos, nº 384 (próximo ao reservatório do Daae)

PEV Jardim Capri – Avenida Tocantins, nº 273 – Parque Gramado –

PEV Santa Angelina – Rua Hermínio Tozetti, nº 319 (esquina com rua Manoel Rodrigues Jacob) – Fechado às quartas-feiras, para remoção dos resíduos.

PEV Jardim Igaçaba – Rua Antônio Rodrigues Leal, nº 31 (esquina com rua Lino Morganti) –

PEV Selmi Dei – Av. Alziro Zarur, nº 11 (em frente à área de lazer Olivério Bazzani Filho, esquina com a rua Juiz de Direito Carlos Alberto Melluso) –

PEV Victório De Santi – Rua Henrique Cincerre, nº 100 – Jardim Victório De Santi II.

Redação

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