José Augusto Chrispim
Cerca de 1,5 mil detentos da Penitenciária e do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara participam da 4º edição da Jornada da Cidadania e Empregabilidade, que ocorre até sexta-feira (26).
Com objetivo específico de trabalhar a prevenção ao uso nocivo de drogas, entre os detentos da Penitenciaria, foram realizadas nos dias 23 e 24 de abril durante programação da Jornada, atividades voltadas à orientação e conscientização para os fatores de risco e prejuízos causados pelo uso de substâncias como álcool, tabaco e outras drogas. A efetiva prevenção é fruto do comprometimento, da cooperação e da parceria entre os diferentes segmentos da sociedade brasileira e dos órgãos governamentais federal, estadual e municipal, na perspectiva da Responsabilidade Compartilhada, com a construção de redes sociais que visem à melhoria das condições de vida e promoção geral da saúde.
As intervenções foram ministradas pelo professor Marcio William Servino, que é especialista em dependência química pelo Instituto de Psiquiatria da USP GREA e Conselheiro desde 2006 do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (COMAD) de Araraquara, além de atualmente exercer a função de Conselheiro Tutelar.
Servino explica que, na perspectiva de oferecer aos reeducandos oportunidades de reinserção consciente há a indicação de um importante fator de proteção para a prevenção do comportamento de risco para o abuso prejudicial de álcool e outras drogas, em especial, entre o público masculino. Portanto, segundo ele, as ações preventivas devem ser pautadas em princípios éticos e na pluralidade cultural, orientadas para a promoção de valores voltados à saúde física e mental, individual e coletiva, ao bem-estar, à integração socioeconômica e a valorização das relações familiares, considerando seus diferentes modelos.
Dia Mundial do Livro
Na terça-feira (23), Dia Mundial do Livro, foi realizada também na Penitenciária de Araraquara a palestra “Porque os livros transformam o mundo!” ministrada pelo jornalista e escritor Galeno Amorim, presidente da Fundação Observatório do Livro e da Leitura. A ação contou com a presença de 30 reeducandos e dos monitores da FUNAP.
A palestra contou também a colaboração da advogada da FUNAP que atua na própria unidade prisional, Dra. Claudia Barbieri Bombarda, e da estagiária de Direito da FUNAP, esclarecendo e tirando dúvidas sobre a remição de pena pela leitura por meio do projeto de clube de leitura vinculado ao Programa Lendo a Liberdade.
Esta foi uma ação da FUNAP e da direção da unidade prisional em parceria com o Instituto Palavra Mágica.