sexta-feira, 22, novembro, 2024

Araraquara deixa ciclo de epidemia de dengue

Números indicam queda expressiva de casos de dengue na cidade com apenas 25 infectados na 1ª quinzena de julho

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A atuação realizada de forma intensificada pelas equipes da Prefeitura de Araraquara no sentido de combater o mosquito Aedes aegypti e conter a dengue teve um efeito expressivo nesta primeira quinzena do mês de julho, quando 25 casos da doença foram registrados na cidade.

Para se ter um comparativo, a dengue chegou a ter uma média de mais de mil casos registrados por semana no período mais crítico da doença na cidade. A epidemia começou a ganhar força em janeiro, com o registro de 152 casos. Em fevereiro, o número aumentou para 709, atingindo o ápice nos meses de março (5.118) e abril (5.591). Desde então, os números apresentaram uma queda significativa, com 4.173 casos em maio e 1.206 em junho. Ao todo, Araraquara teve até o momento 16.974 casos de dengue e 17 óbitos causados pela doença, com os últimos registrados em maio.

A secretária de Saúde, Eliana Honain, se mostrou otimista com a queda de casos na cidade. “Estamos conseguindo vencer a dengue graças não só às ações da Prefeitura, fazendo o papel casa a casa, fazendo bloqueio onde temos casos positivados, fazendo vários arrastões e limpezas, fazendo muitas parcerias, como também da população, que tem entendido, em sua grande maioria, que é preciso manter seus quintais e casas livres de criadouros. Com isso, todos juntos conseguimos vencer mais uma situação preocupante para o município de Araraquara”, avaliou.

Ela lembrou também da estrutura oferecida pela cidade para o tratamento das pessoas contaminadas e lembra que ainda é preciso muita cautela em relação à doença. “Organizamos a assistência para que as pessoas positivadas pudessem ser muito bem cuidadas e pudessem diminuir o sofrimento causado pela dengue. A dengue exige uma luta contínua, temos que continuar todas as ações durante todo o ano. Só assim nós poderemos ter um controle e com isso diminuir bastante o número de pessoas positivadas”, acrescentou Eliana.

A coordenadora da Vigilância em Saúde, Gláucia Falcoski, apontou que diante da queda do número de casos desde a 20ª semana epidemiológica, Araraquara deixa o ciclo de epidemia de dengue e entra no ciclo de endemia de Dengue. “Temos redução importante do número de casos e manteremos número de casos controlado de dengue no decorrer do ano. Isso se deve ao fato da sazonalidade e também pelo trabalho intensificado realizado pela equipe de Vigilância em Saúde, sendo a vistoria nas casas e eliminação dos criadouros a principal ação de combate ao vetor”, ressaltou.

Colaboração da população ainda é fundamental

Vistorias casa a casa, nebulização e fumacê estão entre as ações diárias que a Prefeitura realiza na cidade visando eliminar os focos do mosquito, porém a colaboração da população ainda é cada vez mais fundamental.

Alessandra Cristina do Nascimento, gerente de Controle de Vetores, destacou a eficiência da atuação das equipes de combate à dengue da cidade. “Além da sazonalidade da doença e a chegada do clima mais ameno, atribuímos a diminuição do número de casos também ao resultado da intensificação das ações no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Após um período de bastante trabalho de vistorias casa a casa e ações educativas, é possível observar que a quantidade de focos encontrados nos imóveis também tem diminuído e acreditamos que a população tem acatado as nossas orientações. Mas reforço que não podemos relaxar, é preciso manter os cuidados, porque o perigo ainda não passou”, comentou.

Segundo um levantamento divulgado pela Vigilância em Saúde, as equipes de combate a endemias da Prefeitura, em parceria com a Cooperativa Vitória, retiraram 108.450 quilos de materiais inservíveis durante as vistorias e atendimento às demandas somente no mês de junho em Araraquara. O serviço de retirada desses materiais acontece quando os agentes de combate a endemias constatam a necessidade durante suas inspeções. O trabalho de retirada acontece nos bairros onde a Prefeitura realiza o bloqueio ou atendendo demandas específicas com ordem judicial.

As vistorias diárias são realizadas em uma média de 30 mil casas por mês na cidade e em metade delas o trabalho não é concluído por falta de autorização para a entrada, porém vale considerar que 80% dos criadouros de dengue se encontram nas residências, o que torna ainda mais importante a permissão por parte dos moradores.

A Vigilância em Saúde destaca que é imprescindível que a população participe da luta contra a dengue, autorizando o acesso aos quintais e residências para a eliminação de possíveis focos do mosquito transmissor da doença, mas é importante prestar atenção na identificação do agente antes de permitir o acesso à residência. Os agentes de combate a endemias da Vigilância Epidemiológica trabalham sempre uniformizados, com camiseta cinza e colete marrom, além de circularem em carros oficiais. Já os supervisores circulam com camiseta verde, com identificação da Vigilância.

Em caso de dúvida sobre a identificação da equipe, o morador pode ligar no Controle de Vetores, nos telefones 3303-3123 e 3303-3124.

Atendimento

Diante da queda expressiva de demanda, o Centro de Atendimento da Dengue, instalado no Hospital da Solidariedade (Hospital de Campanha), foi desativado no dia 1º de julho. A unidade estava funcionando desde março, quando houve aumento da demanda de pacientes com suspeita ou diagnóstico de dengue. De acordo com os números da Saúde, em maio, a média estava em 440 atendimentos diários no Centro. Na segunda quinzena de junho, estava em 120 atendimentos diários e nos últimos dias atendia cerca de 30 pessoas por dia na unidade.

Dessa forma, os casos suspeitos e diagnosticados de dengue passaram a ser atendidos, em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, que atendem de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, e Upas Central e Vale Verde, que funcionam 24 horas por dia. A UPA da Vila Xavier continuará com atendimento exclusivo para suspeitos e diagnosticados com Covid-19.

Os sintomas de dengue são febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas pelo corpo. No momento em que o paciente procurar o atendimento, ele deve levar RG, Cartão SUS e um comprovante de endereço com CEP.

Redação

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