quinta-feira, 4, julho, 2024

Araraquara investe menos de R$ 700 por habitante na saúde

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Adriel Manente

Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado nessa segunda-feira (21), revelou que Araraquara gastou menos de R$ 700,00 em saúde para cada habitante durante o ano de 2017. O estudo considera o gasto anual da cidade com a saúde pública. Segundo o levantamento, a cidade de Araraquara tem 230.770 habitantes e disponibiliza o valor de R$ 695,96 para cada munícipe.

Ainda segundo a pesquisa, desde 2013, onde o valor per capita foi de R$ 709, o resultado foi o melhor dos quatro últimos levantamentos. Em 2016, por exemplo, o valor era de pouco mais de R$ 541.
De acordo com os números, municípios menores, em termos populacionais, arcam com uma despesa per capita maior. Em 2017, nas cidades com menos de cinco mil habitantes, as prefeituras gastaram, em média, R$ 779,21 na saúde de cada cidadão, quase o dobro da média nacional identificada.

Para se ter uma ideia, para efeito de comparação, entre os mais altos valores per capita naquele ano, estão os das duas menores cidades do País. Com apenas 839 habitantes, Borá (SP) lidera o ranking municipal, tendo aplicado R$ 2.971,92 para cada um dos 812 munícipes. Em segundo lugar, aparece Serra da Saudade (MG), cujas despesas em ações e serviços de saúde alcançaram R$ 2.764,19 por pessoa.

Em contrapartida, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de recursos, estão três cidades de médio e grande porte, todas situadas no estado do Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$ 76,83).

O que diz a Prefeitura?

Segundo Eliana Honain, secretária de Saúde de Araraquara, esses números apontam evolução. “O nosso investimento per capita na Saúde voltou a crescer em 2017, após alguns anos de queda. Estamos acima da média nacional e da média das 268 cidades entre 100 mil habitantes e 500 mil habitantes, como aponta o estudo do CFM. Os números são bons, mas o trabalho deve continuar”, relata a secretária.

Ainda de acordo com a secretária, os recursos próprios dos municípios representam uma parcela muito maior dos investimentos em relação às outras esferas, principalmente os dos governos estadual e federal. “Em 2018, nós investimos 38% do Orçamento na Saúde, sendo que 15% são exigidos por lei. Mesmo com as dificuldades financeiras, é preciso continuar investindo em Saúde e acreditando no SUS (Sistema Único de Saúde) para que a população receba atendimento de qualidade e excelência”, conclui.

Redação

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