sexta-feira, 22, novembro, 2024

Araraquara presente no livro histórico sobre o teatro de grupo no Estado de São Paulo

Publicação será lançada no próximo dia 04 pela Associação dos Artistas Amigos da Praça e SP Escola de Teatro

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O livro “Teatro de grupo em tempos de ressignificação: criações coletivas, sentidos e manifestações cênicas no estado de São Paulo” será lançado na próxima quarta-feira (04) na SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt. Grupos e artistas de Araraquara estão contemplados na edição, de acordo com o diretor da Fundart, Weber Fonseca.

O lançamento, com entrada franca, contará com a presença da Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Marília Marton; do diretor da SP Escola de Teatro, Ivam Cabral – entre outros convidados. Haverá distribuição gratuita do livro para os presentes e, posteriormente, o livro será disponibilizado para download gratuito no site da SP Escola de Teatro.

Weber conta que o livro é o segundo volume publicado pelo selo Lucias sobre a produção teatral paulista e que a publicação tem organização de Alexandre Mate, ao lado de Elen Londero, Marcio Aquiles e Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro.

Trata-se de uma edição da Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP), organização social responsável pela criação e gestão da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

O primeiro volume, contemplado com o Prêmio Especial APCA 2021, focava no sujeito histórico teatro de grupo na capital e na Grande São Paulo. Já esta nova publicação tem como escopo o Interior e o Litoral do Estado.

O diretor da Fundart explica que, na época da organização do livro, ele atuava como coordenador de Acervos e Patrimônio Histórico da Prefeitura de Araraquara. Weber lembra que uma rede de 50 pesquisadores mobilizou artistas e grupos de todas as regiões administrativas para compor a inédita cartografia teatral desses territórios. “A partir de Araraquara, coletamos dados de São Carlos, Matão, Descalvado e Taquaritinga que também estão representadas no livro”, explica Weber.

A edição conta com textos que descrevem a história, os processos criativos, as principais referências estéticas, parcerias e pedagogias de 335 coletivos. O material ainda é complementado por artigos teóricos de acadêmicos e pesquisadores que têm esse fenômeno como objeto de estudo.

“Foi um trabalho hercúleo, como se pode perceber neste livro de quase 900 páginas, realizado graças ao esforço coletivo da ADAAP e essa maravilhosa trama de acadêmicos, artistas e grupos que conseguimos unir. Foram quase três anos de pesquisa, agora finalmente materializados nesta linda edição”, afirma Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro.

São atores, cenógrafos, iluminadores, figurinistas, produtores, sonoplastas, técnicos de palco, jornalistas e assessores de imprensa, bilheteiros, recepcionistas e pipoqueiros que, por capilaridade, envolvem também os setores de alimentos e do turismo, só para citar os campos mais conhecidos.

Por fim, a obra retrata também, de forma indireta, um período complicado para as companhias teatrais, uma vez que os textos foram escritos durante momentos críticos da pandemia, o que inevitavelmente influenciou nos temas abordados e no retrato do cotidiano dos coletivos na época. Assim, as dificuldades técnicas e econômicas dos grupos e a migração temporária para o teatro digital foram conteúdos incontornáveis.

Depois do livro contemplando o teatro de grupo na capital e Grande SP e deste livro contemplando todo o estado, o próximo grande projeto do Selo Lucias será mapear os grupos de todas as capitais brasileiras.

Vale destacar que a Secretaria Municipal da Cultura e a Fundart estudam fazer o lançamento do livro em Araraquara. A SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt está localizada na Praça Roosevelt, 210, na Consolação, em São Paulo – capital.

Redação

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