O paraciclista Lauro Chaman, da Fundesport, de Araraquara, teve seu nome anunciado em uma lista divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Comitê Paralímpico Brasileiro com os representantes do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Aos 37 anos de idade, o araraquarense tem uma coleção de conquistas importantes, não só no cenário nacional como no internacional. Além de ser tricampeão da Copa do Mundo de Ciclismo Paralímpico, ele também conquistou duas medalhas paralímpicas, uma de prata na prova de estrada e um bronze na prova contrarrelógio, nos Jogos do Rio 2016, façanha que fez dele o primeiro ciclista brasileiro a conquistar medalhas na história das Paralimpíadas.
Lauro esbanjou alegria com a convocação. “Estou muito feliz por poder participar da minha terceira Paralimpíada. É mais uma realização de um grande sonho e sou muito grato a tudo o que o esporte me proporcionou. Também gostaria de agradecer à Prefeitura de Araraquara, por tudo que faz por nós. Só tenho a agradecer a Roseli [presidente da Fundesport), ao João Mantovani [técnico do ciclismo], a Milena [secretária de Esportes e Lazer) e ao prefeito Edinho. Somos muito gratos por tudo”, comentou.
Nas Paralimpíadas de Tóquio, disputadas em 2021 por conta da pandemia da Covid-19, o araraquarense bateu na trave ao terminar em quarto lugar nas provas de ciclismo contrarrelógio. Possui ainda duas medalhas de ouro no Parapan de Toronto (2015), dois ouros e uma prata no Parapan de Lima (2019) e um ouro e duas pratas no ParaPan de Santiago (2023).
O atleta destaca que a emoção é a mesma de sua primeira convocação. “Passaram-se muitos anos da minha primeira Paralimpíada no Rio e eu sigo com o mesmo propósito de dar o meu melhor e tentar conquistar medalhas para o Brasil, como foi no Rio de Janeiro. Sou muito grato por participar do maior evento esportivo do universo e vou tentar me preparar ao máximo. Tenho feito boas corridas neste ano e espero chegar bem preparado para estar competitivo e, quem sabe, conseguir uma medalha do Brasil”, frisou.
Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás e depois de passar por cirurgia mal sucedida para corrigir o membro, acabou perdendo o movimento do tornozelo, causando atrofia na panturrilha. Ele começou como atleta competindo no mountain bike convencional contra ciclistas sem deficiências, se destacou e aos 22 anos começou no ciclismo paralímpico.
Araraquarense Lauro Chaman fala da emoção de disputar sua terceira Paralimpíada
Destaque do ciclismo brasileiro, atleta da Fundesport foi convocado para representar o Brasil em Paris