Tempos atrás todos se lembram da paralisação dos caminhoneiros em confronto com o preço do óleo diesel, o que provou sérios prejuízos de grande monta a muitas empresas espalhadas por todo o Brasil pela falta desse produto e, conseqüentemente, pela falta de transportá-lo aos revendedores e donos de postos de combustíveis.
Depois de algum tempo com a situação normalizada, tivemos conhecimento de uma majoração de 5,7% sobre o óleo diesel, porém, com a interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro, pedindo o cancelamento do reajuste, resta saber se de fato o presidente terá voz ativa para que o combustível permaneça sem o devido aumento e que seja de uma forma definitiva.
Jair Bolsonaro, tão logo ficou ciente do anúncio pela Petrobras nesse intento, declarou ter telefonado na sexta-feira última, dia 12 do corrente, para o presidente da Petrobras, a fim de que seu pedido fosse acatado, após ter sido anunciado o aumento pela empresa estatal e, como chefe da Nação, não poderia cruzar os braços em defesa dos interesses de todos os caminhoneiros e dos demais que dependem desse combustível.
Saliente-se que o anúncio saiu na tarde de quarta-feira, dia 11 do mês em curso, com o reajuste já mencionado no início desse comentário, cujo índice foi o suficiente para que reclamações chegassem ao Palácio do Planalto, já que o Poder Central é o caminho mais certo para defender os interesses de todos que estão atrelados à necessidade do produto enfocado.
As queixas de líderes de caminhoneiros foram diretamente ao ouvido do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e esse ligou para o ministro das Minas e Energias, Bento Albuquerque, pedindo mais informações e, logo a seguir, dirigiu-se ao gabinete presidencial. Nas palavras de Onyx, o diesel é muito importante para os caminhoneiros e esse aumento seria um caos à própria economia do país.
Tal decisão do presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira, dia 12, cancelando o aumento de 5,7% no preço do óleo diesel pela Petrobras ainda irá dar muito o que falar.Afinal, Bolsonaro está certo ao tomar essa decisão? O tempo irá se incumbir dessa iniciativa, porém, em primeiro plano, agiu em defesa dos caminhoneiros, visando, acima de tudo, a normalidade do transporte em todo o território Nacional.
Durante a campanha eleitoral, já se encontrava bem próximo do ministro Paulo Guedes, por sinal, já vinha tendo diálogo com Guedes, reconhecendo nele o homem ideal para conduzir o complexo econômico e nos parece ser um homem afinado com as causas que possam levar a economia a trilhar o caminho correto. Tomara que a sua habilidade se reverta para o bem do próprio crescimento da Nação.
Bolsonaro, dias atrás, foi muito objetivo em dizer que não entende de economia, em outras palavras, argumentou: “não nasci para ser presidente e sim militar”. Mesmo sem essa característica de não entender de economia, preocupou-se com os caminhoneiros e não hesitou em tomar a iniciativa que tomou, consciente de que deu um passo positivo em favor dos profissionais do volante.
Por outro lado, Bolsonaro se vê preocupado com uma possível greve dos caminhoneiros, o que viria a paralisar o transporte e provocar uma nova crise que atingiria praticamente todos os setores produtivos. Basta citar o prejuízo causado aos proprietários de granjas, por ocasião da última greve, onde centenas de aves ficaram sem chances de vida para comercialização.
Tudo pode acontecer, até mesmo uma decisão do presidente voltar atrás da iniciativa que tomou, mediante reunião com os principais assessores, com o próprio ministro Paulo Guedes e com outros membros da equipe econômica.
O presidente se vê diante de uma crise que exige cautela e bom-senso para evitar algum tremor e que poderia causar algumas situações mais delicadas em torno da decisão enfocada.