sexta-feira, 20, setembro, 2024

De baixo para cima

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Genê Catanozi

Se depender de cada cidadão fazer a sua parte talvez, mas talvez
mesmo estaríamos melhor no convívio em sociedade. Não vamos entrar no
mérito de que vivemos em um país terceiro mundista, senão, seria
necessário entrar em detalhes duvidosos pelo mundo afora.
Parece que virou uma necessidade demais neurótica da reclamação
para tudo, não há o mínimo de reflexão sobre os nossos atos, o
emburrecimento fez com que as nossas mazelas interiores aflorassem de tal
maneira que o valor intrínseco fosse substituído pelo extrínseco. Se a
desculpa de parar um minutinho na vaga de estacionamento de deficientes
ou idosos realmente fosse uma desculpa elucidatória essas vagas não
seriam necessárias.
Com o rebaixamento da autocritica e do autoconhecimento nestes
últimos tempos tem deixado um rastro pernicioso de que quem pode pode e
quem não pode que se dane. É uma total falta de responsabilidade pessoal,
principalmente daqueles que sentem acima de todos. A ilusão de que eu sou
o maioral e o resto é resto está deixando várias lacunas na sociedade
brasileira que é de fazer inveja a qualquer guardião das galáxias.
Estar sujeito a atitudes antissociais é sinal que alguma deu errada no
âmbito individual que com certeza será refletida no conjunto de uma
sociedade doente e má alimentada em suas diversas formas.
Algo realmente vem dando errado no reino da Dinamarca, se
continuarmos nessa direção certamente o abismo logo estará nos
esperando, se é que já não estamos próximo do início do buraco para baixo.
Como falar em cultura perversa em que estamos vivenciando há
décadas, onde o toma lá da cá, o jeitinho brasileiro tomaram a vez da ética
com seus fundamentos universais. A mudança nunca virá de cima para
baixo, não devemos nos enganar e nem nos deixar nos enganarem, pois
ninguém gosta de ser enganado, mas infelizmente o me engana que eu não
gosto não é levado a sério. Assim, vamos levando de qualquer jeito e do
jeito que podemos. Isso é uma aberração.
Isso, não é uma característica essencial de países terceiros mundistas,
isso é um problema de responsabilidade de cada um, se ser ou não ser é a
questão, então, porque não começamos a ser exemplos bem sucedidos
dentro de casa. Limites, disciplina, respeito em todos os sentidos,
comprometimento, responsabilidade, punição de fato e de direitos para
todos e sem essa que alguém esteja acima ou abaixo da lei.
A base da pirâmide é quem deveria dar o recado, o topo da pirâmide
simplesmente seria o ponto final da base, com base sólida o topo também
seria sólido.

Claro que, um pais gerenciado há séculos pela desigualdade nunca
iria dar certo, a Democracia e o Politeísmo juntos tranquilamente faria do
povo um povo educado e respeitador. Se estamos dentro de uma barbárie é
porque fomos direcionados para isso, com certeza não temos culpa e nem
responsabilidade política.
Quando começamos a limpar uma casa de dentro para fora,
realmente estaremos abrindo caminhos para a execução de atos límpidos e
construtivos para uma sociedade voltada para o coletivismo, e não essa
baderna generalizada pelo individualismo cruel e sanguinário.
E já que ninguém nasceu de chocadeira o negócio é tentar sair da
zona de conforto e botar a mão na massa.

Redação

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