Por José Augusto Chrispim
A 12ª Festa da Primavera movimentou o Centro de Ressocialização Feminino de Araraquara na sexta-feira (20). O evento, que visava desenvolver a autoestima e resgatar a dignidade da mulher privada de liberdade, contou com a presença do vice-prefeito de Araraquara, Damiano Neto, da professora da Unesp, Verônica Maria DomHof, da representante do Sebrae, Larissa Muniz dos Santos, do diretor da Penitenciária de Araraquara, Marcelo Pedro Antonio, do representante da Funap, Silvio Luiz do Prado, da futura vice-prefeita de Araraquara, Meire Laurindo, além dos demais convidados.
Contando com 24 candidatas que desfilaram com duas roupas diferentes, foram eleitas três vencedoras das categorias: Miss Primavera, Miss Plus Size e Miss Simpatia. Os jurados tiveram bastante dificuldade em escolher as ganhadoras entre as belas concorrentes e a disputa terminou assim:
Miss Simpatia – Karolayne
Miss Plus Size – Isabela
Miss Primavera – Amanda
Ressocialização
Inaugurado em 15 de abril de 2004, com a proposta de humanização da pena com objetivo de ressocializar, o CR Feminino tem capacidade para abrigar 96 reeducandas e, atualmente, tem 86 mulheres que cumprem penas por diversos crimes.
Atualmente, a sua diretora é a servidora estadual Edna Sizuka Takahama, que veio transferida da Penitenciária Feminina de Mogi-Guaçu e trabalha no sistema prisional desde 1998. Ela substituiu Ede Aparecida Mariano Rosolem. Antes dela, a unidade foi comandada por Jucélia Gonçalves da Silva e sua primeira diretora foi a Dra. Marisa Fonseca Monteiro, que comandou o CR por 10 anos.
Nos primeiros cinco anos, o CR foi administrado através de uma parceria entre a SAP e a Ong APAC, que terminou em 2009. A partir daí a FUNAP (Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel) ampliou os contratos de trabalho e a alfabetização das presas.
Autoestima
Falando ao O Imparcial, a diretora Edna Sizuka Takahama, destacou a importância da realização de eventos na unidade prisional que melhoram a autoestima das reeducandas. “Um evento como este, além de valorizar a autoestima e o autoconhecimento das internas, faz com elas tenham foco. Foi uma semana de preparação onde elas fizeram a escolha de serem felizes, de sorrirem. Todo o processo será levado para as vidas delas”, ressaltou a diretora.
Baixa reincidência
A unidade possui o perfil de oferecer um ambiente penal positivo e humano, dentro do que estabelece a Lei de Execução Penal e seguindo em acordo com as Normas Domésticas e Internacionais dos Direitos Humanos, refletindo em índice de reincidência abaixo de 10%, o que demonstra a eficácia na proposta do CR em ressocializar.