quinta-feira, 21, novembro, 2024

“Mapa da Mulher Araraquarense” é tema de reunião na Unesp

Encontro entre Grasiela Lima, coordenadora de Políticas para Mulheres da Prefeitura, e a Profª Drª Soraya Gasparetto Lunardi, da Unesp, contou com diálogo sobre o programa lançado em março

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No último dia 27 de maio, foi realizado um encontro na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara entre a coordenadora de Políticas para Mulheres da Prefeitura, Grasiela Lima, e a Profª Drª Soraya Gasparetto Lunardi, professora do curso de Administração Pública da Unesp, que abordaram o “Mapa da Mulher Araraquarense”, que foi um dos sete programas lançados em março pela Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres.

O programa tem como objetivo realizar um levantamento de indicadores dos atendimentos realizados pelas secretarias municipais (Administração; Assistência e Desenvolvimento Social; Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública; Direitos Humanos e Participação Popular; Saúde; Trabalho, Desenvolvimento e Turismo) de modo que se possa comparar os dados e verificar as diferenças e as desigualdades de gênero e suas interseccionalidades, além de propiciar uma leitura setorial e regionalizada desses indicadores.

Dessa forma, busca-se identificar as prioridades e as necessidades das mulheres do município que são atendidas pelos diferentes serviços – especialmente nos territórios –, constituindo-se em uma ferramenta fundamental para a formulação de políticas públicas na perspectiva de gênero de forma mais assertiva e inclusiva, assim como a construção de planos e metas setoriais mais integrados. “O Mapa, portanto, supre uma lacuna no que se refere à disseminação de informações públicas, amplia o conhecimento sobre as diferenças entre os territórios, facilita a apropriação dos dados disponíveis auxiliando no aperfeiçoamento da gestão e contribuindo de forma significativa para o estabelecimento de políticas públicas de enfrentamento às desigualdades e violência de gênero, promovendo assim a equidade e justiça social”, explicou Grasiela.

A reunião levantou um debate sobre a parceria com a universidade em relação à realização do programa tendo em vista os aspectos metodológicos, a execução do levamento e sistematização dos dados produzidos pelo Mapa, assim como na análise dos mesmos e democratização dos resultados através da produção de relatórios e outros meios de disseminação dos conhecimentos como materiais didáticos.

Na oportunidade, a Drª Soraya Gasparetto Lunardi sugeriu que a parceria relacionada à realização do “Mapa da Mulher Araraquarense” se dê a partir da elaboração de um projeto de pesquisa a ser encaminhado a uma das instituições de fomento, como a Fapesp, assim como através de uma ação de extensão universitária à comunidade. Também foi definido que será realizado um projeto piloto junto à Secretaria de Saúde e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social levando-se em consideração que são duas pastas que atendem um número expressivo de mulheres. “O objetivo geral deste mapeamento e base de dados para formulação de indicadores é conhecer o panorama geral da quantidade de mulheres que acessam a esses serviços no município de Araraquara em um ano. Os dados utilizados na primeira etapa serão referentes apenas ao ano de 2022-2023. Em seguida, o objetivo mais específico será o de avaliar o quanto essas políticas estão sendo suficientes e se estão dando conta da demanda do município”, comentou Soraya.

Grasiela se mostra animada com as propostas. “Assim, as políticas públicas para as mulheres em nossa cidade estão avançando no que se refere ao tripé que as sustenta e define: intersetorialidade, transversalidade de gênero e interseccionalidade, assim como quanto ao aperfeiçoamento de diretrizes e definição de ações estratégias e integradas de gestão e monitoramento. A realização do Mapa da Mulher Araraquarense, através da parceria com a universidade, é um excelente instrumento para buscar informações fidedignas sobre as mulheres do município e uma maneira de conhecer melhor a realidade das mesmas, buscando-se dessa forma uma solução mais efetiva para os problemas e desafios que vivenciam”, acrescentou.

A coordenadora aponta que, nesse contexto, algumas questões são pertinentes. “A quantidade de mulheres que acessam esses serviços é subnotificada? Quanto? Quais seriam as razões para que essas mulheres não alcancem o poder público? O que está funcionando bem, o que pode ser melhorado e o que deve ser alterado ou implementado com urgência? Para responder essas perguntas é essencial que se conheça o perfil das mulheres, levando em consideração não apenas características socioeconômicas, mas também o perfil territorial, assim como o racial, o geracional, o de orientação sexual, assim como as formas de violência de gênero considerando as interseccionalidades”, ressaltou.

A partir da combinação desses dados, como uma forma de evidenciar visualmente, será elaborado um mapa de atendimentos nas secretarias da Prefeitura de Araraquara com a classificação proposta para criar uma sólida base de dados que embase as políticas públicas propostas.

Redação

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