segunda-feira, 25, novembro, 2024

Marchas e Contramarchas

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Por Alessio Canonice

Sempre que se inicia um novo governo, notadamente em nível federal, reina expectativa por parte dos eleitores, aqueles que elegeram seus líderes e novos governantes, com destaque à figura do presidente da República, já que tanto o sucesso como o insucesso recaem sobre a sua pessoa na condição de chefe de Estado.

Não poderíamos deixar de enfatizar nesta oportunidade a tão falada Reforma da Previdência Social, um dos projetos mais polêmicos que a história do Poder Central registra em suas páginas. Milhões apoiando essa iniciativa, enquanto alguns parlamentares e dirigentes partidários pleiteiam algumas modificações, porém, tudo indica que o circo fechou e a reforma será concretizada.

Quanto ao ministro Paulo Guedes, uma das figuras mais centrais e diretamente interessada nessa aprovação, chegou a incentivar o sistema de capitalização, mas está claro que esse intento já caiu por terra e essa ideia não será colocada em prática para a felicidade dos futuros brasileiros, aqueles que sonham um dia se aposentar.

Importante salientar que, aprovada a reforma enfocada, principalmente na opinião de Paulo Guedes, o Brasil voltaria a crescer em ritmo acelerado e se desenvolver a contento, porém, na ideia dos entendidos, não é o suficiente, já que existem outras prioridades essenciais para a expansão de todos os ângulos de progresso, principalmente investimentos e incentivos ao mundo empresarial e industrial.

Já tivemos a oportunidade de frisar tempos atrás que o Brasil é uma espécie de campeão em matéria de arrecadar tributos de toda a natureza. Somente perdemos para Cuba, onde registrou 42% do PIB ( Produto Interno Bruto),um fato que impossibilita aos grandes investidores expandir seus negócios, enquanto permanecer essa política e esse peso da carga tributária.

É claro que, havendo a aprovação definitiva da reforma previdenciária, abre um leque para a expansão do crescimento econômico, mas entendemos que outras reformas devam ser colocadas em prática, além do investimento do mundo empresarial, desde que os homens que atuam no Congresso Nacional atentem para as necessidades mais lógicas, visando um futuro promissor nesse campo e que venha ao encontro do desejo de toda a comunidade brasileira.

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, por exemplo, tem-se mostrado favorável à iniciativa do governo, para que a reforma previdenciária se torne realidade, mas há muito interesse em jogo em toda essa emaranhada situação, conhecido como hábito de conduzir a política e os interesses que contribuem favoravelmente àqueles parlamentares que visam o que é de melhor para eles.

De acordo com o andar da carruagem, não se pode admitir, pelo menos de momento, que a atual administração em nível federal deixa a desejar, porque muita água poderá passar por baixo dessa ponte, onde se aguardam algumas inovações, entre elas, a reforma política e alguma expectativa, embora remota em torno da reforma tributária, porém, achamos que, se tivesse que ser aprovada, já teria acontecido há muito tempo.

Há de se esperar que novos tempos surjam, desde que o poder executivo esteja em sintonia com o poder legislativo, fazendo com que os projetos de suma importância sejam levados a efeito, para dar maior alento ao desenvolvimento, portanto, não havendo essa união, dificilmente teremos as boas iniciativas, capazes de levar avante as prioridades indispensáveis de melhoria no âmbito global.

Outro ponto a se destacar é o fato de que, da mesma forma com a qual o presidente está sendo apoiado por um grupo de parlamentares, sempre há uma ala contrária aos procedimentos administrativos, prova disso é a rejeição do uso de porte de armas de fogo, apesar de que vem ao encontro de milhões, mas não vem ao encontro de outros. Nada adianta conceder ao cidadão o direito de ter sua arma se não está apto a fazer uso dela.

Outras iniciativas do governo do atual presidente poderão ser esbarradas no Congresso Nacional, mesmo que sejam prioridades, mas aí se travam as discussões entre os parlamentares, sempre articulando os jogos de interesse tradicionalmente conhecidos de todos que estão ligados ao mundo político, mas acima de tudo estão os interesses da Nação.

Redação

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