sábado, 27, julho, 2024

Nanoarte do brasileiro Enio Longo a caminho da Lua

O artista é membro do núcleo de criatividade do Projeto Nanoarte no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais

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Uma obra de nanoarte do artista plástico brasileiro Enio Longo está a caminho da Lua com o lançamento exitoso da Missão Peregrine 1 da Astrobotic no foguete Vulcan Centaur, da United Launch Alliance (ULA), que tem por objetivo colocar novamente um módulo de pouso dos Estados Unidos na Lua.

Além de levar instrumentos científicos da NASA para a Lua, a missão Peregrine também é uma operação que abriga o Moon Arts Project, dirigido pelo Professor/Chair Mark Baskinger. Ligado à Carnegie Mellon University (Estados Unidos), o projeto desenvolveu a MoonArk, uma espécie de mini museu cultural a ser instalado na Lua que reúne 300 cientistas, artistas, músicas, poetas e estudiosos de todo o mundo, sendo 150 mulheres e 150 homens, tendo uma arca como alusão e que visa levar à Lua informações sobre a vida na Terra e despertar a admiração dos humanos do futuro. 

Membro do núcleo de criatividade do Projeto Nanoarte no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos CEPIDs apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Enio Longo integra a MoonArk com uma obra premiada na Mostra Internacional NanoArt21, nos Estados Unidos, sob a curadoria do pesquisador e artista Cris Orfescu.

A bordo do módulo de pouso Astrobotic, a MoonArk é uma escultura composta por quatro câmaras independentes que contêm centenas de imagens, poemas, música, nano-objetos, mecanismos e amostras terrestres entrelaçadas por meio de narrativas complexas, e que foi projetada para durar milhares de anos.

Foram programadas duas MoonArks idênticas em todos os aspectos. Um deles será enviado para a Lua, enquanto o outro permanecerá na Terra. Após participar de uma turnê internacional, com o objetivo de estimular diálogos e conversas, a MoonArk que permanecerá na Terra ficará permanentemente no Museu Nacional do Ar e do Espaço do Smithsonian, nos Estados Unidos.

“A produção da MoonArk instigou a inovação original e a invenção de técnicas de fabricação digital, imagens de ultra-alta resolução e muitas inovações em ciência de materiais, tecnologia e artes, envolvendo pessoas em todo o mundo de maneiras inspiradoras”, informa o site do projeto. 

CDMF

Com sede  na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

Redação

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