quinta-feira, 19, setembro, 2024

O longo caminho do PCCV

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Suze Timpani

O presidente da Câmara Municipal de Araraquara, vereador Jéferson Yashuda Farmacêutico (PSDB) comunicou, na manhã dessa terça-feira (28), que os projetos que reformulam o PCCV dos servidores públicos municipais (Prefeitura, Educação e DAAE) não seriam votados na Sessão Ordinária de ontem.

Em entrevista ao O Imparcial o presidente afirmou que nada será votado até que os estudos das mais de 600 páginas que compõem o projeto que deve ser amplamente debatido entre os vereadores, sindicato e servidores. Além de que o PCCV ainda terá que passar pela avaliação das comissões de Justiça e Finanças da Casa de Leis.
Yashuda entende que o plano não vai agradar a todos os servidores, mas já adiantou que os vereadores pretendem se reunir com representantes de cada categoria, prefeitura, Daae e educação. Em primeiro momento, ele trouxe para as tratativas o presidente do Sismar, Agnaldo Andrade, e o servidor público da educação Alexandre Ferrari, que participou da comissão de elaboração do PCCV.
“Ninguém vai votar nada de orelhada, temos que entender todo o projeto, qual o impacto financeiro, o que foi tratado nas comissões e o porque de não ter sido aceito pela prefeitura, e isso demanda tempo e muito diálogo”, finalizou Yashuda.

O presidente do Sismar e o professor da rede municipal Alexandre Ferrari ocuparam a tribuna da Câmara na sessão de ontem e afirmaram que todos os esforços que foram empenhados durante meses nas comissões, a prefeitura jogou fora e enviou à Câmara um PCCV totalmente modificado.
Incluindo até um artigo onde da margem para que o Executivo possa transferir o regime de CLT para estatutário. Servidores afirmam que o prefeito mente quando diz que não fará essa transferência.
Os ânimos se acirram entre funcionários públicos e a bancada do Partido dos Trabalhadores. Os servidores, inclusive diziam que não reconheciam mais esse partido, como sendo do povo.

O sindicalista Luciano Fagnani também se desentendeu com o vereador e líder do governo Paulo Landim (PT), pois não acreditou nas boas intenções do petista ao tratar sobre a causa que atinge todos os servidores.

Quebra pau

O clima esquentou entre a vereadora Thainara Faria (PT) que, em sua fala na tribuna, disse que os servidores desrespeitaram os vereadores e que eles não representavam a população, pois eram apenas sete mil pessoas e que os munícipes reclamam que muitas vezes são mal atendidos e maltratados porque essas pessoas não fazem sua parte e finalizou dizendo que “não daria pérolas aos porcos”, e o sindicalista Marcelo Roldan que respondeu que, a edil teve em sua campanha 40 funcionários não declarados. Já do lado de fora do plenário, Roldan afirmou que se servidores são porcos, Thainara seria então uma leitoa, pois é filha de servidora pública. Ele foi ovacionado pelos mais de 600 servidores que fecharam a Rua São Bento, em frente à Casa de Leis.

Fake news

Servidores prometeram ainda estar presente nas próximas sessões até que as tratativas cheguem a um consenso, pois não confiam mais no governo Edinho que, segundo eles, joga nas redes sociais falsas declarações e trata funcionários públicos como golpistas e Fake news.

Fotos: Suze Timpani/Jornal O Imparcial

O presidente do Sismar Agnaldo Andrade
O professor da rede Municipal Alexandre Ferrari
Servidores municipais ocuparam a Casa de leis
O clima esquentou entre o sindicalista Luciano Fagnani e o vereador Paulo Landim (PT)
Mais de 600 funcionários públicos fecharam a rua em frente a Câmara Municipal

 

Redação

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