Penitenciária de Araraquara lança o projeto “Clube de Leitura para Não Alfabetizados”

Projeto atende a 280 detentos através de audiolivros utilizando tablets durante as aulas

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Por José Augusto Chrispim

A Secretaria da Administração Penitenciária/Polícia Penal, por meio da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), em parceria com o Instituto Observatório do Livro e da Leitura, lançou, nessa quarta-feira (23), na Penitenciária “Dr. Sebastião Martins Silveira” de Araraquara, o Projeto de Clube de Leitura para Não Alfabetizados. O lançamento contou com autoridades civis e militares como o juiz do Departamento Estadual de Execuções Penais, Dr. José Roberto Bernardi Liberal, o Diretor Adjunto de Atendimento e Promoção Humana da Funap, Alexandre Rodrigues Cabrera, Marcelo Pedro Antonio, Chefe de Departamento da Penitenciária “Dr. Sebastião Martins Silveira, o prefeito de Araraquara, Dr. Lapena, a vice-prefeita de Araraquara, Meire Laurindo, o vereador Marcelinho, o ex vice-prefeito Damiano Neto, Eunice Godinho, Superintendente de Atendimento e Promoção Humana da Funap, o Coordenador da Coordenadoria de Execução Penal Norte, Malvino André Alves Fahl, Leandro Lanzellotti de Moraes, Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo (COPEN), Galeno Amorim, jornalista e escritor e o Capitão PM Adilson José Gardim, entre outros.  

Iniciativa inovadora

A iniciativa inovadora, alinhada ao Dia Mundial do Livro, propõe o desenvolvimento de sete ciclos mensais de leitura em quatro unidades prisionais, com um total de 280 atendimentos previstos ao longo do projeto piloto em 2025. Entre os presos da região atendida pelo projeto, foram identificados 2 mil presos analfabetos e outros 2 mil semianalfabetos.

A ação busca promover o acesso à literatura mesmo entre aqueles que ainda não dominam a leitura e a escrita, contribuindo para a inclusão social e o estímulo ao pensamento crítico.

As leituras serão em grupo, em duplas e audiolivro (com tablets), além de mediadores externos treinados.

“O Clube de Leitura para Não Alfabetizados nasceu de uma parceria que muito nos honra, entre a Funap e o Instituto Observatório do Livro e da Leitura. Juntos, idealizamos um projeto que respeita a diversidade das trajetórias e dos tempos de cada pessoa e amplia o acesso às ações de educação e cultura no sistema prisional”, disse Alexandre Rodrigues Cabrera, Diretor Adjunto de Atendimento e Promoção Humana da Funap.

Dignidade e inclusão

“Este é mais um projeto, entre tantos que desenvolvemos aqui na penitenciária com muito empenho, e que nos enche de orgulho e gratidão por poder oferecer algo tão valioso àqueles que hoje se encontram privados de liberdade. Sentimo-nos honrados em receber esta iniciativa — fruto da parceria entre a Funap, o DECRIM da 6ª RAJ e o Instituto Observatório do Livro e da Leitura — que traz até nós o Clube de Leitura para Pessoas Não Alfabetizadas. Nosso compromisso, enquanto instituição, é justamente esse: criar oportunidades que gerem novas perspectivas. Acreditamos firmemente que, mesmo em um ambiente de privação, é possível construir caminhos de transformação, esperança e reintegração. Este projeto é mais do que incentivo à leitura — é um gesto de inclusão, de dignidade e de humanidade. Queremos que cada participante possa sair do presídio com mais do que conhecimento: com autoestima, com propósito e com a certeza de que é possível recomeçar”, ressaltou Marcelo Pedro Antonio.

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