sexta-feira, 22, novembro, 2024

Projeto incentiva prática de atividades físicas no CR Feminino de Araraquara

Ação é realizada todos os dias no Centro de Ressocialização e busca o bem-estar físico e mental das reeducandas

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“Essa ação é bem gratificante porque ajudou na minha autoestima, na convivência com as outras meninas que treinam comigo e melhorou muito a minha ansiedade”. A frase é da reeducanda Gabriella Portaluppi Miguel, de 28 anos, que participa do projeto “Corpo em Movimento”, do Instituto Ação Pela Paz, realizado no Centro de Ressocialização (CR) Feminino de Araraquara. A iniciativa busca promover a integração social entre as detentas e também conscientizar sobre a importância da prática regular de atividades físicas.

O projeto ocorre diariamente na unidade prisional e conta com a participação de quatro reclusas, mas a proposta é ampliar o número de adeptas. As presas que realizam as atividades já se exercitavam antes da prisão e tiveram apoio de um instrutor de academia.

Como não havia equipamentos adequados, contaram com ajuda de funcionários para improvisar: usavam garrafas pets para similar as barras, e caneleira com tecido e areia para os estímulos de perna. Por meio da parceria com o Instituto Ação Pela Paz, entretanto, foi possível adquirir materiais específicos para a execução dos exercícios.

‘Parei de fumar’

Atualmente, com as ferramentas certas, se exercitar tornou-se ainda mais prazeroso para as reeducandas que participam do projeto. A atividade, que dura cerca de uma hora e ocorre no pátio do estabelecimento penal, busca o fortalecimento muscular e treinamento aeróbico, contribuindo para melhora do condicionamento físico e motor das internas, visando uma melhor postura corporal e disciplina.

“A iniciativa é interessante para incentivar outras meninas a se exercitarem também. Me ajudou muito porque eu fumava e parei com o cigarro”, comemora Thays Andressa Scheletz, de 30 anos.

“Atividade física melhora a nossa saúde e a convivência, porque criamos um vínculo de amizade. Indico o projeto para outras unidades prisionais”, pontua a interna Diana Couto dos Santos, de 36 anos.

Disciplina    

Para a diretora do CR Feminino de Araraquara, Éde Aparecida Mariano Rosolem, o projeto Corpo em Movimento contribuiu bastante para a melhora da saúde física e mental das reeducandas.

“A gente leva em consideração a diminuição do estresse, sintomas de ansiedade, depressão e tensão pré-menstrual, doenças muito presentes dentro do contexto da mulher presa” cita. 

“Vale ressaltar, ainda, que este tipo de projeto vem ao encontro da forma de condução de disciplina desta unidade prisional, onde visamos prepará-las para o retorno à sociedade”, finaliza Rosolem.

Redação

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