Hamilton Mendes – Colaboração
Com a ampliação dos serviços prestados pela EFA, Araraquara passou a ser a maior exportadora de café do Brasil, exatamente no período em que a economia do país era totalmente dependente da fruta. Não havia região mais pujante e forte política e economicamente do que a nossa.
E o crescimento da EFA foi absurdo, mesmo para os padrões atuais.
Criada em 1886, seus trilhos chegaram a “Ribeirãozinho”, hoje Taquaritinga, no mesmo ano.
Em 1906 os trilhos já estavam em São José do Rio Preto e em 1920, venceram os limites daquela cidade e contavam com 432 1quilômetros de linha.
Em 1939, sob intervenção do governador Ademar de Barros, a EFA passou por Mirassol e chegou às divisas do Mato Grosso, depois de um longo trabalho de desapropriação de terras realizado por determinação do governo estadual, pelo seu secretário Geral, Trifônio Guimarães.
Administrada em Araraquara, para onde se deslocavam a maior parte de seus colaboradores, os braços da EFA fundaram inúmeras cidades da chamada Alta Araraquarense, e a companhia chegou a ter 4 mil funcionários.
Tanto crescimento aumentou a importância da malha ferroviária da cidade, e a EFA investiu na construção de prédios diversos e oficinas por toda a área dos trilhos, passando a montar locomotivas, vagões, cuidar da manutenção e recuperação de motores, composições e todos os serviços operacionais necessários para o sucesso das operações. A EFA investiu ainda em escolas, onde seus funcionários eram alfabetizados e podiam seguir seus estudos, até a formação em cursos técnicos e outros ofícios.
Vista da Estação Ferroviária de Araraquara, prédio inaugurado em 1908 do mesmo jeito como hoje está, nos anos 30. Nota-se os “carros de praça”, futuros Táxis, que na época era carruagens ou as famosas Ximbicas, além de caminhões para levar produtos da cidade para as composições, e também escoar da estação parte dos carregamentos que chegavam.