sexta-feira, 22, novembro, 2024

Araraquara recebe cabine de biossegurança para retomar exames que detectam doenças pulmonares

Projetada pela Boehringer Ingelheim, a inovação possibilitará uma nova opção para a realização dos exames de espirometria

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A cidade de Araraquara, recebe do dia 8 a 12 de agosto e do dia 15 a 19 do mesmo mês, das 8h às 16h, a cabine de biossegurança para a realização de exames de espirometria — que auxilia no diagnóstico preciso de doenças pulmonares crônicas. A ação acontece na CEREST — Rua Gonçalves Dias, 468, centro da cidade. Os exames são uma parceria da Boehringer Ingelheim e a Secretaria Municipal da saúde de Araraquara. A expectativa é atender até 280 pacientes com as ações.
 

Desde o início da pandemia, em função do alto risco de contágio por Covid-19, essa avaliação passou a ser recomendada apenas em casos extremamente necessários, atrasando o diagnóstico de doenças respiratórias como a asma e a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) popularmente conhecida como enfisema pulmonar. Com o retorno dos exames, a cabine é uma opção mais segura para a realização do mesmo.

A cabine de biossegurança, projetada pela Boehringer Ingelheim, tem como objetivo criar uma proteção extra para todos os envolvidos no processo do exame. Equipada de tecnologia de alta performance com dois filtros (HEPA e Ulpa) que permitem eliminar 99,9% de vírus e bactérias, purificando assim todo o ar que entra e sai da cabine em apenas um minuto [1].

A espirometria é um exame em que o paciente assopra em um aparelho para medir a sua capacidade e a função pulmonar, podendo disseminar aerossóis — que podem conter micro-organismos como bactérias, vírus da gripe e o coronavírus SARS-CoV-2 (causador da COVID-19).

“A cabine promove isolamento e a filtragem microbiológica do ar exalado protegendo técnicos, médicos, demais pacientes e profissionais de saúde da contaminação por vírus, bactérias e outros agentes que causam doença respiratória”, explica o especialista em Pneumologia e Tisiologia, Dr. Marcelo Gervilla Gregório, um dos responsáveis pelo projeto, em parceria com a Boehringer Ingelheim [2].

Esta inovação 100% brasileira chega como uma alternativa viável mesmo na pandemia de covid-19 permitindo reduzir a fila de pessoas já cadastradas no Sistema Único de Saúde elegíveis para a realização da espirometria e auxiliar no diagnóstico e na avaliação de eventuais sequelas pulmonares pós-covid 19.

Sobre a DPOC

A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma condição progressiva e séria que limita o fluxo de ar nos pulmões e afeta a qualidade de vida dos pacientes, por produzir sintomas como tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia i ii.

No Brasil, quatro brasileiros morrem por hora, 96 por dia e 40 mil todos os anos [1] em decorrência da DPOC. O tabagismo é o principal fator de risco para a doença, seguido de exposição ocupacional e ambiental envolvendo vapores químicos, poeira e outras partículas que provocam inflamação pulmonar [2].

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias nas quais a falta de ar piora subitamente)[1]. “É preciso evitar a progressão da doença por meio da detecção precoce para reduzir os números de internações hospitalares — ainda mais em tempos de pandemia — e a mortalidade pela doença, especialmente de pacientes entre 50 e 70 anos de idade”, explica o especialista.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são as chaves para diminuir as taxas de exacerbação [4](crises de piora). “Agora podemos personalizar o tratamento, oferecendo pela primeira vez aos pacientes em estágios mais avançados o broncodilatador de inalação em nuvem, que beneficia aqueles que não conseguem atingir um fluxo inalatório mínimo para inalar outros medicamentos” diz o especialista.

Sobre o Programa AbraçAR

A cabine de biossegurança para espirometria foi apresentada no congresso Americano de Tórax (ATS) em 2021, e que foi citada na lista de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS [2 e 4] ) faz parte do Programa AbraçAR, uma iniciativa da Boehringer Ingelheim do Brasil na prestação de serviços à saúde respiratória brasileira. Desde 2012, a companhia realiza gratuitamente, em parceria com secretarias municipais, estaduais e instituições de saúde, exames de espirometria de acordo com a solicitação e a autorização dos serviços, além de promover programas de capacitação de agentes e profissionais de saúde [2].

Neste ano, para auxiliar no prognóstico acurado das doenças pulmonares crônicas, foi inserido no AbraçAR o Projeto ILung², que proporciona a conexão da segunda opinião de um radiologista de tórax à uma análise qualitativa do pulmão para substituir uma quantitativa, por meio da reconstrução das imagens obtidas, a partir de uma tomografia de tórax via softwares de pós-processamento de imagem. ​
 

Dessa forma, é possível obter um relatório quantitativo acurado, complementar em 3D para pacientes e seus médicos. “Tudo acontece por meio de um link da imagem e da função pulmonar, em um único exame. O Projeto ILung² foi criado em meio à pandemia de Covid-19, como forma de elevar a acurácia diagnóstica das doenças crônicas pulmonares como a DPOC, Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) entre outras doenças fibrosantes” explica o especialista.

O Programa AbraçAR é uma plataforma de serviços com ações estruturadas que fortalecem o aumento do diagnóstico e tratamento da DPOC, proporcionando redução no tempo da jornada e dos custos de hospitalizações para municípios e estados. A cabine realizou aproximadamente 9 mil espirometrias em 2021 e tem a expectativa de fechar 2022 com cerca de 70 mil exames em todo país.

Redação

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