Nessa terça-feira (23), novamente a Câmara Municipal de Araraquara teve duas sessões. A primeira delas foi a segunda Sessão Extraordinária para a segunda discussão e votação do Projeto de Lei, que trata do orçamento municipal para o próximo ano. A Prefeitura estima a receita e fixa a despesa do município de Araraquara para o exercício de 2022 em R$ 1.165.592.024,11. O orçamento municipal para o próximo ano foi aprovado, junto com as 24 emendas apresentadas pelos vereadores.
Na sequência ocorreu a 44ª Sessão Ordinária da atual Legislatura, com oito projetos relacionados na Ordem do Dia, entre eles, talvez o mais importante do dia, os vereadores autorizaram a Prefeitura a abrir o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), tendo por objetivo a abertura do processo licitação para a concessão do complexo esportivo e turístico denominado “Complexo Arena da Fonte Luminosa”, composto pelo Estádio Municipal “Arena da Fonte”; Ginásio de Esportes “Gigantão”; Centro de Eventos de Araraquara e Região – CEAR e do complexo esportivo “Circuito de Rodas”, localizado no Parque do Pinheirinho.
Através de um projeto de lei, a prefeitura de Araraquara pede autorização legislativa para que a prefeitura firme parceria com a empresa WTorre para investimento no complexo da Arena da Fonte Luminosa.
No projeto, a prefeitura pede autorização para transformar em um centro de eventos, convenções e lazer o complexo da Arena da Fonte Luminosa. A justificativa seria que a iniciativa atrairia grandes feiras e shows para a cidade.
“Projeto mais importante da história de Araraquara”
“Encaminhamos para a Câmara e deve ser apreciado essa semana um dos projetos mais importantes da história do legislativo araraquarense e da história da cidade”, disse Edinho, em live, na manhã de domingo (21).
Ainda durante a sua live no domingo, o prefeito lembrou que nenhuma cidade do interior tem três espaços como estes reunidos em áreas tão próximas, o que torna Araraquara diferenciada na disputa com outros municípios.
Edinho ressaltou que a iniciativa vai mudar a característica da economia local, que hoje é forte na agroindústria e será diversificada para o setor de serviços, aquele que mais gera emprego atualmente. “Estamos saindo de uma pandemia e a prioridade zero tem que ser geração de empregos”, concluiu. A WTorres é a maior empresa de eventos do Brasil e caminha para ser a maior da América do Sul. Com essa parceria, podemos ter na nossa cidade o maior centro de convenções e lazer do interior de São Paulo. Isso vai gerar muitos empregos em toda a rede de prestação de serviços, como hotéis e restaurantes”, falou.
Autorização da Câmara
O presidente da Câmara Municipal, o vereador Aluisio Boi, relatou à reportagem de O Imparcial que já houve várias reuniões para debater o assunto, pois a empresa interessada na concessão tem prazo para decidir as cidades onde serão realizados os investimentos até o dia 17 de dezembro. “O que a Câmara dá é o direito da Prefeitura fazer a concessão, mas, agora aprovado, a gente vai pedir ao prefeito que seja montada uma comissão da Câmara para acompanhar todo o processo. Um dos questionamentos que fizemos é que as piscinas não devem entrar no negócio, pois existem os projetos sociais e de saúde que são realizados no complexo aquático, então é só a Arena da Fonte, o CEAR e o Circuito de Rodas do Pinheirinho. Lembrando que o Centro de Convenções não precisa de autorização da Câmara, pois pertence a acionistas. As nossas exigências, e o prefeito vai acatar, é para que se faça a concessão do espaço ocioso, revendo o cronograma dos espaços nos últimos anos, como o espaço do Autocross, do kart e da própria Ferroviária, para que não sejam prejudicados os eventos do município. Por outro lado, a gente tem o estudo do custo de manutenção desses espaços que seja a R$ 3 milhões por ano, que com a concessão não sairá mais do orçamento do município”, destaca Boi.
Geração de emprego e renda
“No meu modo de pensar, dentro das regras, nesse momento em que estamos é muito importante para gerar trabalho, renda, logística, fomentar a parte hoteleira, de restaurantes, de bares, segurança, equipe de som, tudo que isso envolve. Se vierem esses eventos para cá, será como uma fábrica sem máquinas, onde a mão-de-obra literalmente só envolve as pessoas. Isso, além do aumento na arrecadação de tributos, pois vai vender mais refeições, mais serviços. O momento hoje é de decidir se vamos colocar Araraquara em um patamar de grandes eventos ou não. Para mim, essa é a pura verdade. Esse é um momento em que o povo sofreu muito devido à pandemia, então eu sou a favor do emprego e da renda, desde que esteja tudo dentro da legalidade e a gente tem esse dever de acompanhar esses editais depois”, finalizou o presidente da Câmara Municipal, Aluisio Boi.