sexta-feira, 22, novembro, 2024

Cesta básica fecha novembro custando mais de R$ 950 em Araraquara

Os produtos com maior acréscimo no período foram: cebola, batata, alho, farinha de mandioca torrada e extrato de tomate

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Em novembro de 2022, o valor médio da cesta básica em Araraquara apresentou aumento de 0,22%, segundo a pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara. O custo médio da cesta, que em outubro deste ano era de R$ 948,29, passou para R$ 950,35 no último mês – encarecimento de R$ 2,06.

No período, os três grupos de produtos apresentaram aumento de preço. O grupo de alimentação, que possui maior peso sobre o custo total da cesta, obteve variação percentual mais discreta, de 0,1% no mês, ou R$ 0,79 a mais. Os itens de higiene pessoal apresentaram a maior variação percentual, 0,83% ou R$ 0,84. Já os itens de limpeza doméstica tiveram crescimento de menor magnitude, 0,58% no mês ou R$ 0,43 a mais.

Em novembro, os produtos com maior acréscimo percentual foram: cebola (26,5%), batata (17,2%), alho (10,5%), farinha de mandioca torrada (5,6%) e extrato de tomate (4,5%). E as principais quedas percentuais foram: queijo muçarela (-7,7%), salsicha avulsa (-3,6%), ovos brancos (-3,4%), sabão em barra (-2,3%) e frango resfriado inteiro (-2,2%).

A batata foi o produto que mais cresceu em termos reais, provocando aumento de R$ 3,50 no custo médio da cesta, em razão do aumento de R$ 0,87 o quilo. Na outra ponta, a redução que mais aliviou no bolso do consumidor veio da carne de primeira – contrafilé, que apresentou decréscimo de R$ 3,02 no custo da cesta analisada, em razão da queda de R$1,01/quilo.

“Como apontado pela pesquisa, o principal destaque entre as quedas foi a carne de primeira – contrafilé. De acordo com o CEPEA-ESALQ/USP, apesar dos patamares elevados das exportações da carne bovina brasileira, houve crescimento da oferta de animais prontos para o abate no mercado interno. Esse movimento foi suficiente para fazer com que o boi gordo se desvalorizasse, com queda de preço observada nos supermercados”, explica Icaro Zanchetta, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio.  

Entre as altas, os principais destaques são os itens de hortifruti como a batata e a cebola. “Ambos têm seus preços elevados em razão da menor oferta desses itens no mercado interno, em razão da sazonalidade e clima, além de seu escoamento ter sido afetado no início do mês devido às paralizações nas rodovias”, analisa o pesquisador.

Inflação

No acumulado de janeiro a novembro de 2022, a cesta básica encareceu R$ 115,48 – o que corresponde a 13,83% de aumento. Entre os grupos de produtos, todos apresentaram encarecimento. Os de limpeza doméstica registraram alta de 30,1% ou R$ 17,02. Os itens de higiene pessoal, por sua vez, subiram 17,4% equivalente a R$ 15,12. Já o grupo de alimentação, o maior impacto financeiro sobre o custo da cesta, ficou 12,05% ou R$ 83,34 mais caro.   

Já entre todos os produtos, 29 dos 32 apresentaram encarecimento entre os meses de janeiro e novembro de 2022. Nesse sentido, os itens com maior alta acumulada nos 11 primeiros meses do ano foram: cebola (155,19%), batata (116,49%), farinha de mandioca torrada (42,62%), sabão em barra (41,26%) e sabonete em barra (32,97%). Apenas óleo de soja, açúcar refinado e linguiça fresca apresentaram redução de preço nos primeiros onze meses de 2022, com quedas de 6,13%, 5,38%, e 3,43%, respectivamente.

A variação acumulada em 12 meses para o custo total da cesta foi de 13,16% – encarecimento de R$ 110,52. Entre os grupos de produtos, todos apresentaram aumento. Os produtos de limpeza doméstica registraram maior alta percentual 34,6%, equivalente a R$ 18,92. Já os itens de alimentação subiram 10,57% – o maior impacto financeiro, R$ 74,03. Por fim, o grupo de higiene pessoal ficou 20,79% ou R$ 17,56 mais caro.

Entre os produtos, 26 dos 32 oscilaram para cima – o que corresponde a 81,25% dos itens que compõe a cesta básica analisada. No acumulado de outubro de 2021 a novembro de 2022 destacam-se: cebola (216,15%), sabão em barra (47,24%), batata (47,23%), farinha de mandioca torrada (39,04%) e sabonete em barra (38,24%). Apenas seis produtos apresentaram variação negativa no mesmo período: açúcar refinado (-6,04%), frango resfriado inteiro (-5,28%), linguiça fresca (-3,89%), óleo de soja (-3,36%), salsicha avulsa (-2,31%) e arroz branco (-1,49%).

Salário mínimo

O custo médio da cesta básica em Araraquara representa atualmente 78,4% do salário mínimo. O valor é superior ao registrado no mês anterior, de 78,2%, e 2,1 pontos percentuais acima do registrado no mesmo mês do ano anterior, isto é, em novembro de 2021, quando o valor da cesta básica representava 76,3% do salário mínimo vigente à época. Em novembro de 2020 e 2019, a cesta básica custava, em média, R$ 753,39 e R$588,19, representando, respectivamente, 72,1% e 58,9% do salário mínimo do araraquarense.

Redação

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