Tendo em vista a importância e a necessidade de desenvolver estratégias de intervenção para o enfrentamento das arboviroses no Município de Araraquara e de reunir esforços para combater possíveis focos do Aedes aegypti nas escolas municipais, a Secretaria Municipal da Educação, em ação conjunta com a Secretaria Municipal da Saúde, criou as brigadas de combate às larvas do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e outras arboviroses.
A iniciativa partiu da Secretaria Municipal da Educação e a medida cumpre a Resolução nº 02/2024, de 26 de fevereiro de 2014, que determina que todas as escolas municipais tenham uma brigada com essa função. A organização das brigadas ficará por conta de cada unidade escolar, a partir de orientações da Secretaria da Educação, por meio da Coordenadoria Executiva de Atenção a Doenças Endêmicas no Ambiente Escolar e suas Gerências.
Os brigadistas, cuja missão é manter as populações do mosquito em níveis locais toleráveis, identificarão através da vigilância frequente de recipientes ou estruturas na edificação, os possíveis locais com risco de proliferação. “Alunos, funcionários, pais e comunidade escolar em geral, promovem a implantação de brigadas para o combate ao mosquito nos ambientes de trabalho, envolvendo os servidores em processos contínuos de prevenção às arboviroses, aprimorando a capacidade de percepção dos participantes quanto aos fatores ambientais favoráveis à proliferação do inseto. O combate a esse mosquito é a principal arma de controle dessas doenças e essa responsabilidade não é apenas do Poder Público e sim da sociedade e de cada cidadão e cidadã. A falta de ação das pessoas no combate ao mosquito é o que faz ele e as doenças continuarem prevalecendo”, explicou a gerente de Ações de Proteção Contra Doenças Endêmicas no Ambiente Escolar na Educação Infantil, Silvia Theodoro.
A equipe de IEC (Instruindo, Educando e Comunicando) do Controle de Vetores da Vigilância Epidemiológica, órgão que integra a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Araraquara, fica responsável por coordenar a implantação das brigadas de combate às larvas do Aedes aegypti nos Centros de Educação e Recreação (CERs) e Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) da cidade.
Os brigadistas devem preencher semanalmente um relatório de vistoria de prevenção e combate ao Aedes aegypti fornecido pela Coordenadoria Executiva de Vigilância em Saúde, o que ficará arquivado na unidade para posteriores consultas. Havendo suspeita de focos, a direção da unidade escolar deverá encaminhar imediatamente cópia do relatório de vistoria para a coordenadoria e gerências responsáveis.
Alessandra Cristina do Nascimento, gerente de Controle de Vetores, destaca o propósito da ação. “O intuito é a capacitação das pessoas indicadas para fazer semanalmente a vistoria de prevenção e combate ao Aedes aegypti com olhar mais atento e aplicando medidas de controles necessárias para eliminar criadouros. Além da parte teórica, os brigadistas nos acompanham em uma vistoria pelo local, onde mostramos vários pontos de atenção. Até o fim do mês, serão 48 CERs e depois começaremos os agendamentos das Emefs para o mês de maio e junho. Além das unidades escolares, também implantamos brigadas em empresas e, para solicitar, basta os proprietários entrarem em contato conosco”, comentou.
Combate à dengue em casa
O Aedes aegypti coloca os ovos na parede dos recipientes, bem próximo à linha d’água. Quando entra em contato com a água, o ovo eclode, vira larva, depois pupa e por último o mosquito alado (adulto). “É muito importante que as pessoas saibam identificar qual local ou recipiente é um possível criadouro e as medidas que devem ser aplicadas caso encontrem o mosquito em uma dessas fases”, completou Alessandra.
Vale reforçar que o trabalho de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, realizado pelas equipes de Controle de Vetores da Vigilância Epidemiológica, é ininterrupto, independentemente da época do ano ou da situação da doença, e depende da participação da população. Além de cuidar da própria casa, o munícipe também pode identificar imóveis e outros locais problemáticos e avisar para o Controle de Vetores e a Ouvidoria da Vigilância em Saúde, por meio dos telefones (16) 3303-3115, (16) 3303-3104 e 0800-774-0440.