O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou uma investigação sobre a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), após suspeitas de desmantelamento do Poupatempo para justificar sua privatização. A ação, se confirmada, representaria um ataque direto a um serviço público de excelência, com histórico de eficiência e resolutividade, construído ao longo de três décadas.
A promotora Karyna Mori, do Patrimônio Público, manifestou preocupação com o “sério risco” que o programa enfrenta, alertando para o “grave dano moral à população paulista”. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), que opera o Poupatempo desde sua criação, é agora acusada de orquestrar um desmonte do programa, com o objetivo de entregá-lo à iniciativa privada. A gestão Tarcísio nega as acusações.
Um dos pontos mais controversos é a permissão para exploração comercial de dados dos usuários do serviço, além de indícios de direcionamento da licitação, restringindo a concorrência e favorecendo um grupo específico. O contrato é estimado em mais de R$ 3 bilhões. A investigação também apura o desaparecimento do histórico do programa da intranet do órgão e o esvaziamento de cargos de liderança, levantando suspeitas de um desmonte premeditado.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil