Sob o tema “O Protagonismo da Mulher Negra no Cenário Nacional’, a Prefeitura celebrou na tarde dessa sexta-feira (24), em Araraquara, o Dia da Mulher Negra, Caribenha e Latino-americana e Dia Nacional de Teresa de Benguela, comemorado no Brasil todo dia 25 de julho, desde o ano de 2014.
Em solenidade ao vivo pelo Facebook da Prefeitura, via Coordenadoria de Promoção de Politicas para Igualdade Racial, também foram homenageadas 10 mulheres negras de Araraquara, destaques da comunidade, com a edição do 5° Prêmio Doutora Rita de Cássia Ferreira, liderança local no combate ao racismo e à discriminação racial no município.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, a dupla celebração foi feita de forma virtual com a live especial e a participação de lideranças da comunidade negra araraquarense: Rita de Cássia Ferreira, presidente do Comcedir (Conselho Municipal de Combate à Discriminação e ao Racismo); a mediadora da solenidade, Nala Suê, integrante do Comcedir; e Viviane Ferreira, representante do Centro de Referência Afro Mestre Jorge.
A presidente do Comcedir destacou a importância da solenidade, que destaca a luta da mulher negra contra o racismo e a discriminação. A mulher negra, conforme disse, é a vítima maior da violência doméstica no Brasil, entre outras discriminações.
Rita de Cássia Ferreira também ressaltou o dia 25 de julho como símbolo dessa luta diária, contra também a violência que atinge a juventude negra do País. “Por isso é importante reafirmamos o nosso protagonismo”, resumiu.
Para Nala Sué, à mulher negra é preciso ser assegurado o direito de viver com dignidade, não apenas o direito de sobreviver. “Este é um dia de lutas, para avançarmos cada vez mais por uma sociedade melhor”, enfatizou a mediadora.
Protagonistas
No 5º Prêmio Doutora Rita de Cássia Ferreira, foram homenageadas Maria Aparecidade de Souza,Cecília Maria da Silva, Ester Vilela Rosa Vaz, Iara Galdino Ramos, Tatiane Cristina dos Santos, Eva aparecido Couto, Estarlete Aparecida Fernandes Ferreira, Ana Lúcia da Silva, Claudete Aparecida Ferreira Silva e Nayara Amaral da Costa.
Vale destacar que a doutora Rita de Cássia Ferreira nasceu em Marília, mas foi em Araraquara que passou a maior parte de sua vida, advogando e militando pelos direitos da mulher negra e pela defesa das minorias.
Também foi presidente da Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados de Brasil – OAB Araraquara, voluntária do SOS Racismo, do Centro de Referência Afro, e integrante do Comcedir.
Ela faleceu em junho de 2016 deixando um legado de combate ao racismo e à discriminação religiosa no município.
Já Teresa de Benguela, também celebrada no 25 de julho, no Dia da Mulher Negra, Caribenha e Latino-americana, foi líder quilombola do século 18 na Região Centro-Oeste do Brasil, na luta contra a escravidão.