Com a aproximação do Natal, diversos consumidores buscam os tradicionais produtos do período para as reuniões familiares. Para ajudar nas compras deste ano, o Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara realizou uma pesquisa comparativa de preços dos itens que compõem a ceia natalina. O levantamento foi realizado em oito supermercados da cidade entre a primeira e a última semana de novembro, com avaliação dos valores sempre às quintas-feiras.
No total, foram coletados preços de 72 produtos e 196 marcas, referentes às categorias de azeites, bombons, carnes congeladas, farofas prontas, frutas desidratadas, frutas em calda, frutos secos, lentilhas secas, panetones e produtos em conserva. O objetivo da pesquisa é oferecer ao público uma referência de valores praticados pelos principais supermercados de Araraquara e as variações verificadas entre as marcas e ao longo das semanas.
Analisando os preços dos produtos de uma mesma marca que mais variaram entre os supermercados, foi constatada elevada amplitude em alguns casos específicos, como as farofas prontas e as frutas em calda. Em primeiro e segundo lugar, respectivamente, ficaram as farofas prontas das marcas Siamar e Yoki. A primeira foi comercializada por R$ 2,99 e R$ 5,79 – variação de 94% – enquanto a segunda foi encontrada tanto por R$ 2,99 como por R$ 5,49 – diferença de 84%.
Na mesma análise, o terceiro lugar ficou com os pêssegos em calda da marca Schramm, registrando a maior diferença de 75% entre o maior preço (R$ 11,90) e o menor preço (R$ 6,89) praticado. Na sequência, as azeitonas verdes com caroço da marca Vale Fértil variaram 72,5% entre o maior (R$ 19,98) e o menor valor (R$ 11,58). E em quinto lugar ficaram as lentilhas secas da marca Hikari, com amplitude de 67% entre o maior (R$ 9,98) e o menor preço (R$ 5,98).
A pesquisa avaliou também os produtos com maior variação de preço entre as marcas oferecidas. E nesse cálculo, as duas categorias que merecem maior atenção para aqueles que pretendem reduzir os gastos com a ceia são as de frutos secos e das frutas desidratadas. As frutas cristalizadas, por exemplo, chegaram a registrar 345% de diferença entre a marca mais barata (R$ 8,95/kg) e a mais cara (R$ 39,80/kg). Na sequência, a uva passa escura sem semente foi encontrada por R$ 17,90/kg e R$ 53,20/kg (variação de 197%). Em terceiro lugar, a castanha do Pará apresentou diferença de 151% entre a marca mais barata (R$ 53,49/kg) e a mais cara (R$ 134,08/kg).
As carnes natalinas também foram avaliadas no levantamento e, para os consumidores que estiverem dispostos a gastar um valor maior no prato principal, os itens mais caros dessa categoria foram o Tender Suíno da Sadia, que apresentou preço médio de R$ 49,99/kg, seguido pelo Peito de Peru Bolinha Temperado Seara (R$ 43,95/kg) e o Frango defumado Perdigão, com preço médio de R$ 39,90/kg.
Já para as famílias que pretendem economizar, as três opções de carnes congeladas mais baratas são a Ave Natalliz da marca Alliz, cujo valor médio do quilo ficou em R$ 9,99, a Ave Maravilha da Aurora, com preço médio observado de R$ 13,94/Kg; e a Ave Navidad Copacol, com preço médio de R$ 14,49/kg.
Dicas para o consumidor
Para os pesquisadores do Núcleo de Economia do Sincomercio, a pesquisa de preços entre os diferentes supermercados é, ainda, a principal forma para os consumidores economizarem. “Dada a amplitude de preços praticados entre os supermercados, o consumidor, por meio de comparação, consegue identificar as maiores promoções, a fim de adquirir uma cesta que esteja em consonância com o seu poder aquisitivo. Fazer uma lista do que comprar pode ser uma boa estratégia, na medida em que a pessoa toma consciência dos itens realmente necessários e inibe o comportamento de gastar por impulso”, avalia João Delarissa, pesquisador do sindicado.
Portanto, procurar quais estabelecimentos apresentam bons preços é o ideal. “Facilidades na hora da compra, como proximidade do estabelecimento, oferta de estacionamento, descontos, promoções e mais opções de pagamento são formas acessíveis e efetivas de se economizar e garantir um excelente final de ano”, complementa Marcelo Cossalter, também integrante do Núcleo de Economia.