A programação do 21º FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara – realizado pela Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart – será apresentada de 22 a 30 de setembro sob o tema “Dançar para sustentar o ceú”, expressão utilizada pelo filósofo, poeta e escritor brasileiro da etnia indígena crenaque, Ailton Krenak. Antes da abertura, na segunda e terça-feira, 20 e 21 de setembro, tem estreia os podcasts produzidos especialmente para o FIDA.
O FIDA 2021 propõe uma nova frente de pensamento em dança, a partir das narrativas em podcast. Essa iniciativa, além de ampliar as possibilidades dos debates e reflexões na área da dança, corpo, cultura, arte e seus desdobramentos políticos-estéticos-poéticos, por ser uma mídia sonora, possibilitará que tecnologias da cibercultura que não dependem necessariamente de recursos visuais, possam ser pensadas enquanto estratégias de acessibilidade para pessoas com deficiência visual (cegas e com baixa visão).
“A proposta destes podcasts é trazer o olhar de pessoas que ocupam o lugar de plateia do Festival, mas que tenham também alguma proximidade em relação às produções e aos artistas ao longo do FIDA. Neste sentido, uma forma de relação que conduziu a produção foi a relação de Orientação Acadêmica com professores direta ou indiretamente ligados à história do Festival”, destaca Carlos Fonseca, coordenador executivo da Secretaria Municipal da Cultura.
Os podcasts serão veiculados no Spotify da Prefeitura Municipal de Araraquara, às 10 e 15 horas. As produções contam com a participação de professores doutores que não são da área da Dança, mas que sempre acompanharam a trajetória do FIDA. A conversa vem com temas que abordam políticas públicas e, claro, a importância do FIDA para Araraquara.
Na segunda-feira (20) participam os professores Maria Lúcia Outeiro Fernandes e Paulo Andrade, enquanto na terça (21) participam: Douglas Emílio e Guego Anunciação.
A programação de podcasts vem sendo organizada pelo poeta, estudante de Pedagogia e produção multimídia, Eliézer Santos, que também é criador de trilhas sonoras, edição de som e sonoplastia de espetáculos teatrais e de dança, tendo se destacado com: “Quanto tempo leva a ferida para cicatrizar?” (2014); “Xeque-Mate – no subterrâneo do humano” (2015); “Nuvens de algodão” (2015), “Céu de celofane” (2015); “À margem” (2017); “Nina: Tudo Precisa Mudar” (2019); “Top Hits 80’s” (2019); “E se eu tirar agora do meu bolso uma emoção descartável?” (2019).
“O podcast é uma ferramenta incrível para aproximar as pessoas, principalmente nestes tempos de pandemia e isolamento, se torna um meio de divulgação, discussão, de produção artística também, enfim, é uma ferramenta de infinitas possibilidades”, aponta Eliézer.
“Para o FIDA 2021 teremos um podcast com dois episódios. No primeiro participam os professores doutores Maria Lúcia e Paulo, que não são artistas da dança mas têm uma relação íntima com a arte, a poesia e a dança e com a história do festival. Eles falam, no episódio, sobre suas vivências e impressões sobre a dança em Araraquara, sobre o ensino de dança e a importância da expressão artística assim como as relações entre arte e universidade e pesquisa assim como as relações pessoais que foram criadas com os artistas”, explica.
“No segundo episódio, temos a participação de Douglas e Guego, ambos artistas da dança, pesquisadores e arte educadores que já participaram de edições anteriores do festival e trazem, no podcast, reflexões e discussões sobre a dança em si e sobre o festival”, finaliza Eliézer.
A programação oficial do FIDA, que tem curadoria de Gilsamara Moura. Além dos podcasts, a programação prévia também conta com as residências artísticas: “Corpografias sonoras em ações e encontros improváveis”, com Daniela Amoroso; “Extinto(s)?”, com Denny Neves; e “Biblioteca da Dança”, com Jorge Alencar, Neto Machado (esta última em parceria com o Sesc Araraquara).
Toda a programação do FIDA 2021 é gratuita e pode ser conferida no site da Prefeitura de Araraquara, em www.araraquara.sp.gov.br/fida2021