quinta-feira, 21, novembro, 2024

Teatro Municipal recebe Mostra de Cinema gratuita durante todo o dia

Exibições variadas de curtas e longa-metragem, além de mesa de debates, estão na programação

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A 13ª Mostra de Cinema Wallace Leal Valentin Rodrigues, neste sábado (19), apresenta diversas atividades gratuitas no Teatro Municipal: Mesa de debate “Interiores” (10h), Mostra “Criança Interior” (14h), Mostra competitiva de Curtas (16h), Mostra competitiva de Curtas (18h), e Mostra “Horizonte” (longa-metragem, 20h).

A Mostra Wallace Leal Valentin Rodrigues é uma realização da Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, com a produção de Primeiro Andar e Casa do Saci e apoio da Unesp – Faculdade de Ciência e Letras (FCLAr), Comitê de Ação Cultural FCL – Araraquara e o Grupo de Pesquisas em Dramaturgia, Cinema, Literatura e outras artes.

Toda a programação é gratuita e não é necessário a retirada de convites: basta chegar e aproveitar! Mais informações: www.araraquara.sp.gov.br e https://www.instagram.com/mostrawallace/ .

A Mesa de Debate “Interiores” abre a programação trazendo à tona o tema central que é a produção de cinema no interior, papel do ICine.

Já a Mostra “Criança Interior” conta com a exibição de: “Faísca: Só é feliz quem se arrisca”, de Lucas Lima e Rodrigo Vulcano (Araraquara-SP); “Lagrimar”, de Paula Vanina (Natal – RN); “PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto (Brasília – DF); “Amei Te Ver”, de Ricardo Garcia (Atibaia – SP); “O Barco”, de Rodolpho Pinotti (Monteiro Lobato – SP);  “A Caverna de Estela”, de psicotikka (São Sebastião – SP); e “Samurai Cowboy”, de Igor Marinho (Araruama – RJ).

“Faísca: Só é feliz quem se arrisca”, de Lucas Lima e Rodrigo Vulcano (Araraquara-SP), apresenta Faísca, um cachorrinho que foi adotado e agora mora ao lado de uma escola de samba. Seu sonho é participar do desfile. Ele, para realizar seu sonho, faz teste para ser o cantor, o tocador de tambor, e para tocador de tamborim. Nessa saga em busca de encontrar seu lugar no mundo, ele descobre que o caminho se abre ao caminhar. O curta faz parte da Série Família Palito, uma produção da 2P Produções Criativas, com o apoio do PROAC.

“Lagrimar”, de Paula Vanina (Natal – RN), conta a história de Joana, uma menina sozinha e rodeada pela seca, que vive em busca de água. Sua jornada deixa de ser solitária e ganha novo significado quando um inesperado e enigmático encontro acontece.

“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto (Brasília – DF), é uma história sobre amizade e empatia. Oinc é um porquinho solitário que vive no cerrado. Um dia, enquanto brincava perto de um lindo ipê amarelo, ele encontra Pi, um passarinho recém-nascido, que estava perdido. Pi segue Oinc até em casa. Os dois brincam muito até que Pi fica com fome. Oinc, orientado por sua mãe, começa uma jornada para ajudar o amigo a voltar para seu ninho no alto da árvore. Porém, há um problema, Pi não tem uma das asas. Como ele irá chegar lá no alto? Essa aventura irá testar a coragem e o companheirismo dessa dupla e mostrar que as diferenças são de grande valor para uma amizade verdadeira.

Em “Amei Te Ver”, de Ricardo Garcia (Atibaia – SP), um garotinho surdo, se apaixona por uma garota cega. Ele precisa descobrir como se comunicar com ela, enquanto desvenda o mundo que a cerca.

Já “O Barco”, de Rodolpho Pinotti (Monteiro Lobato – SP), discute sobre ritos de passagens e transformações inerentes à vida, apresentando uma ilha isolada, uma adolescente e sua mãe. Um barco aporta no atracadouro trazendo promessas e desejos. Contra a vontade da mãe, a menina parte para conhecer o mundo e, alguns anos depois, retorna trazendo na bagagem paixões e memórias.

“A Caverna de Estela”, de psicotikka (São Sebastião – SP), apresenta Estela, uma menina de 11 anos que se encontra nos finais de semana com os amigos Robson e Edivar para jogar futebol num canto vazio da praia. Certo dia ela os surpreende ao decidir permanecer numa construção abandonada ao invés de voltar para casa onde tem uma relação difícil com o pai. Ela fica nessa construção na companhia de Sócrates, um sujeito enigmático, com quem estabelece uma conexão.

Em “Samurai Cowboy”, de Igor Marinho (Araruama – RJ), um menino foge da realidade com uma obsessão por samurais. Um dia, entra em seu caminho um garoto cowboy misterioso. Isso dá início a uma rivalidade entre os dois, que aos poucos descobrem ter muito em comum.

Depois, às 16h, tem a Mostra Competitiva de Curtas, com: “Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Brasília-DF e Cavalcante-GO); “Ramal”, de Higor Gomes (Sabará – MG); “Pálido Ponto Vermelho”, de Kalel Pessôa, Lucas Chefe e Arthur Oliveira (Belém – PA); “Amaná”, de Antonio Fargoni (Pedra Branca – CE) e “Sereia”, de Estevan de la Fuente (Curitiba – PR).

“Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Brasília-DF e Cavalcante-GO), se passa no Quilombo Kalunga, quando a profecia da Matinta corta o vilarejo-fantasma do Vão de Almas como uma corrente de ar gelado: “Existem vários tipos de Saci. Pererê é aquele menorzinho, que prega peça. Saçurá faz maldade…”

“Ramal”, de Higor Gomes (Sabará – MG), apresenta jovens que se encontram durante à tarde, diminuem a marcha e jogam o corpo para trás.

“Pálido Ponto Vermelho”, de Kalel Pessôa, Lucas Chefe e Arthur Oliveira (Belém – PA), se passa em 1991. Um estranho objeto triangular feito de metal e carne humana aparece misteriosamente no campus de uma universidade. No entanto, após um incidente envolvendo o “Obelisco Escarlate”, como era chamado, o caos começa.

“Amaná”, de Antonio Fargoni (Pedra Branca – CE), apresenta Amaná que, como água de chuva, vive em luto à procura de um ribeirão. Em sua vida de solitude, encontra Madalena e o caminho para o que lhe é essencial.

“Sereia”, de Estevan de la Fuente (Curitiba – PR), conta sobre as mudanças climáticas que fazem a natureza devastar com fúria uma pequena comunidade de pescadores no litoral do sul do Brasil. É aniversário de Lúcio, criança cheia de imaginação que gosta de desenhar sereias e brincar com bonecas, mas na presença do pai intolerante e violento, o clima em casa não está para festa. Em segredo, sua mãe lhe preparou uma surpresa, um presente que finalmente transformará este em um dia especial.

Depois, às 18h, a Mostra Competitiva de Curtas exibe: “Utopia Muda”, de Julio Matos (Campinas – SP); “Mestiço”, de Sandro Garcia (Belford Roxo – RJ); “40 dias no deserto”, de Mauro Baptistella (Sorocaba – SP); “A chuva do caju”, de Alan Schvarsberg (Brasília – DF) e “Cavaram uma cova no meu coração”, de Ulisses Arthur (Maceió – AL).

“Utopia Muda”, de Julio Matos (Campinas – SP), aborda a luta pela democratização dos meios de comunicação a partir da história da Rádio Muda, a mais longeva rádio livre que desafiou o sistema para defender a liberdade de expressão. Narrado em primeira pessoa, o filme é construído a partir do material de arquivo do próprio diretor, que foi um membro do coletivo da Rádio Muda e um ativista pela democratização dos meios de comunicação no início do século XXI.

Em “Mestiço”, de Sandro Garcia (Belford Roxo – RJ), Victor vem do estrangeiro morar com seu pai no Brasil após a morte de sua mãe e busca se adaptar a um cenário bem diferente do cristo redentor visto nos cartões postais.

Já em “40 dias no deserto”, de Mauro Baptistella (Sorocaba – SP), um confiante e desavisado pastor, dono de uma comunidade terapêutica, recebe a iniciante influenciadora Gabriela para uma live. Com o cineasta Lucas, ela tenta conduzir uma conturbada transmissão ao vivo, mas a reportagem surpreende a todos com o que encontra.

“A chuva do caju”, de Alan Schvarsberg (Brasília – DF), revela que no coração de um vale escondido nas profundezas do Brasil central, Seu Alvino e Dona Neusa plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. Após mais de dois séculos, o tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, apesar da seca cada vez mais severa.

Por fim, em “Cavaram uma cova no meu coração”, de Ulisses Arthur (Maceió – AL), apresenta a história de uma mineradora que perfura a terra para extrair sal-gema, enquanto uma gangue de adolescentes planeja quebrar a máquina responsável pelos tremores e afundamento do solo.

A programação se encerra com a Mostra Horizonte, a partir das 20 horas, apresentando “Servidão”, o novo filme de Renato Barbieri, diretor de “Pureza”. Com entrevistas de ativistas como Leonardo Sakamoto e narrado por Negra Li, o documentário é um olhar revelador sobre o trabalho análogo à escravidão no Brasil. “Servidão” é protagonizado por Marinaldo Soares Santos, libertado três vezes do trabalho forçado em fazendas no Pará.

Redação

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