sexta-feira, 22, novembro, 2024

Araraquara tem cerca de 18 mil pessoas aguardando por exames 

O exame com maior tempo de espera é o de Ultrassonografia, com 14.595 solicitações não atendidas

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Até 6 de junho deste ano, a fila de espera de cirurgias eletivas em Araraquara chegava a 2.753 e a de exames a 18.034. As informações são da Secretaria Municipal da Saúde em resposta ao Requerimento nº 372/2022 do vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos). Para o parlamentar, a demora na realização dos procedimentos médicos tem colocado em risco a saúde da população. 

Segundo a Secretaria, a razão para números tão altos se deve à pandemia de Covid-19. “Vários serviços de referência, local ou em outras localidades, tiveram a sua oferta de consultas, exames e cirurgias eletivas diminutas — sendo que as cirurgias eletivas em ambiente hospitalar tinham restrições de serem realizadas para que não ocorressem contaminações cruzadas de pacientes, e com isto, aumentar o risco de contaminação e comorbidades que pudessem causar óbitos ou sequelas graves entre os usuários do sistema”, diz o ofício. 

Ainda de acordo com o documento, os únicos exames que estão com fila zerada são os de Raio X, Tomografia Computadorizada e Mamografia. Já o de maior espera é o de Ultrassonografia, com 14.595 solicitações não atendidas. Em se tratando de cirurgias eletivas, a maior fila é para procedimentos oftalmológicos: são cerca de 900 intervenções represadas. 

Assis reconhece as dificuldades enfrentadas pelo poder público diante da pandemia, mas cobra soluções para que o que era eletivo não se torne emergencial, colocando em risco a vida das pessoas. 

“O não acesso a diagnósticos e intervenções em tempo oportuno pode agravar condições tratáveis e impactar na mortalidade. Além disso, quadros mais complexos também consomem mais recursos da saúde. Entendo que a pandemia impactou o sistema de saúde, mas precisamos saber de que forma o município pretende tratar do assunto e buscar soluções para a redução desses números, pois mais de 14 mil pessoas aguardando uma Ultrassonografia e quase 3 mil pessoas aguardando por cirurgias eletivas não pode ser aceitável”, finaliza o vereador. 

Redação

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