sexta-feira, 22, novembro, 2024

Argentina leva empate no fim, mas vence Holanda nos pênaltis e vai à semi

Argentina chegou a sofrer o empate em 2 a 2 no último minuto da Holanda, mas venceu nos pênaltis

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O estádio Lusail, o principal da Copa do Mundo, virou um pedaço de Buenos Aires na tarde de hoje. Apoiada por milhares de fanáticos torcedores e sob comando do craque Lionel Messi, a Argentina chegou a sofrer o empate em 2 a 2 no último minuto da Holanda, mas venceu nos pênaltis, eliminou os europeus e se garantiu na semifinal do torneio com uma boa dose de drama. O próximo adversário dos sul-americanos é a Croácia, que eliminou o Brasil nos pênaltis mais cedo.

O camisa 10, aliás, brilhou mais uma vez no tempo regulamentar. Foi a partir dos pés dele — que atuou com mais liberdade em um novo esquema tático — que a bola chegou limpa para Molina abrir o placar. Depois, ele converteu um pênalti com extrema tranquilidade e enlouqueceu os torcedores.

O problema argentino, no entanto, atendeu pelo nome do grandalhão Weghorst, de 1,97m. Ele entrou no 2° tempo e precisou de apenas dois minutos para diminuir. Para piorar, no último lance de partida, o atacante girou sobre a zaga em falta ensaiada e empatou, levando a decisão para a prorrogação.

No tempo extra, os sul-americanos pressionaram e ainda acertaram a trave com Enzo Fernández. Já nos pênaltis, foram mais eficientes e arrancaram, na base da tradicional raça argentina, a classificação.

Semifinalistas, Croácia e Argentina se enfrentam na terça-feira, a partir das 16h (de Brasília), e quem vencer se garante na grande final da Copa, marcada para o dia 18.

Do outro lado da chave, Inglaterra, França, Marrocos e Portugal brigam pelas duas vagas restantes da semifinal — as quatro seleções entram em campo amanhã.

Times espelhados e início truncado

O técnico Lionel Scaloni mudou o esquema de seu time para jogar contra os europeus e espelhou o padrão do adversário ao colocar três zagueiros em campo: Lisandro Martínez, Otamendi e Romero. Os laterais Molina e Acuña, por outro lado, atuaram como alas.

O objetivo, além de anular as principais descidas dos holandeses pelos lados, era deixar Messi com mais liberdade para flutuar atrás do centroavante Álvarez.

A estratégia, no entanto, não foi tão efetiva assim no começo da partida, já que a seleção de Van Gaal diminuiu os espaços e conseguiu anular as investidas sul-americanas — em 20 minutos, a Argentina até martelou, mas finalizou apenas duas vezes ao gol rival.

Messi acha espaço, e Molina marca

Ele precisa de pouco espaço para brilhar… e brilhou. Aos 34 minutos, Messi, flutuando como pediu Scaloni, recebeu pela direita e conseguiu se desvencilhar da marcação ao conduzir em direção ao setor central do ataque.

Cerebral, o camisa 10 encontrou Molina em um lindo passe diagonal — e em meio a três defensores holandeses, que ficaram pelo caminho.

Ao receber a bola durante a infiltração, o lateral conseguiu dominar e chutar rapidamente para o fundo do gol de Noppert, que tentou abafar o lance sem sucesso: 1 a 0.

O gol prejudicou ainda mais o ritmo dos comandados de Van Gaal, que não conseguiram, até o intervalo, reagir e incomodar o gol defendido por Emiliano Martínez.

Holanda mexe, mas não agride

Já na volta para o 2° tempo, Van Gaal abriu mão de De Roon e Bergwijn para as entradas de Koopmeiners e Berghuis.

A Argentina, no entanto, continuou dominando as ações da partida e valorizando a posse de bola. Os sul-americanos tiveram chances reais de aumentar o marcador em dois contra-ataques, aos cinco e aos 12 minutos, mas não capricharam na chamada “última bola” — pouco depois, Messi quase marcou em cobrança de falta.

Já na metade da etapa final, foi a vez de o grandalhão Luuk de Jong entrar na vaga de Blind e reforçar o poderio ofensivo da Holanda.

Mudança de Scaloni é premiada, e Messi amplia

As investidas pelos lados por parte da Argentina não cessaram, e a equipe foi premiada com um pênalti já na casa dos 25 minutos.

Acuña recuperou uma bola rebatida na intermediária e disparou pela ponta esquerda. Já próximo da linha de fundo, o ala cortou para o meio e foi derrubado por Dumfries dentro da área.

Argentina vacila, e Holanda aproveita

Precisando de qualquer maneira balançar as redes para sobreviver na Copa, a Holanda foi para cima. Weghorst, atacante de 1,97m, entrou no lugar de Depay — e precisou de dois minutos para aparecer.

Em cruzamento de Berghuis pela direita, o centroavante se antecipou e, de cabeça, diminuiu o placar: 2 a 1.

Logo depois do gol, os holandeses assustaram e quase chegaram ao empate. Berghuis, de novo pelo lado, arriscou de fora da área e acertou a rede pelo lado de fora. A bola contou com leve desvio antes de passar ao lado da meta de Emiliano Martínez. Pênaltis

Nas penalidades máximas, melhor para os jogadores da Argentina, que foram mais eficientes e sacramentaram o final de um dos melhores duelos da história da Copa do Mundo.

FICHA TÉCNICA

HOLANDA 2 (3) x (4) 2 ARGENTINA – Quartas de Final da Copa do Mundo

Data e horário: 9 de dezembro de 2022 (sexta-feira), às 16h (de Brasília)
Local: Estádio Lusail (Qatar)
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Assistentes: Pau Cebrian (Espanha) e Roberto Diaz (Espanha)
VAR: Alejandro Hernandez (Espanha)
Cartões amarelos: Timber, Depay, Bergwjin, Berghuis, Weghorst, Van Dijk (HOL); Acuña, Romero, Emiliano Martínez, Paredes, Messi, Montiel, Otamendi, Pezzella (ARG)
Cartões vermelhos: não houve
Gols: Molina (ARG), aos 34 min do 1° tempo; Messi (ARG), aos 27 min do 2° tempo; Weghorst, aos 37 min do 2° tempo e aos 54 min do 2° tempo (HOL);
Público: 88.235 torcedores

HOLANDA: Noppert; Van Dijk, Timber e Aké; Dumfries, De Roon (Koopmeiners), Frenkie de Jong, Gakpo (Lang) e Blind (Luuk de Jong); Bergwijn (Berghuis) e Memphis Depay (Weghorst). Técnico: Louis Van Gaal

ARGENTINA: Emiliano Martínez; Lisandro Martínez (Di María), Romero (Pezzella) e Otamendi; Molina (Montiel), Enzo Fernández, De Paul (Paredes), Mac Allister e Acuña (Tagliafico); Messi e Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni

Redação

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