sexta-feira, 22, novembro, 2024

Educação Ambiental: tem início a revitalização do Lago no Parque do Basalto

Ambiente aquático do parque tem suas obras realizadas por meio de uma contrapartida da MRV

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Em uma solenidade realizada neste sábado (6), o prefeito Edinho assinou a Ordem de Serviço para o início das obras do lago ornamental do Parque Natural Municipal do Basalto, no Jardim Pinheiros.

O objetivo do novo espaço é proporcionar aos visitantes uma nova ferramenta de educação ambiental voltada ao conhecimento de espécimes da fauna e da flora dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré, bem como uma área para lazer e contemplação do meio ambiente natural.

Segundo o prefeito, o lago faz parte da reconstrução do Parque do Basalto. “Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, nós demos continuidade na reconstrução do parque. Realizamos a primeira fase de recuperação e estamos aqui para concluir aquele que era o projeto original, com a revitalização do lago. O Parque do Basalto é um espaço de lazer, mas também de educação ambiental. E eu acredito que a melhor forma de nós preservarmos o meio ambiente é a conscientização. Então, quando nós temos um Parque do Basalto como um espaço de educação ambiental, certamente nós teremos pessoas adultas já sensibilizadas com a importância da preservação. Mas também teremos crianças que serão adultos muito mais sensíveis que a nossa geração com a preservação ambiental”, comentou.

A obra, que terá o custo de R$ 740.275,20, será realizada a partir de contrapartida firmada com a empresa MRV Incorporações, como compensação ambiental decorrente de intervenção em vegetação na área urbana, estabelecida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Os procedimentos para a compensação ambiental têm como base a lei complementar número 980 de 30 de novembro de 2022.

O prefeito falou sobre a importância da parceria com a empresa MRV para a realização da obra. “Penso que é importante as parcerias do poder público com a iniciativa privada. Sensibilizar e trazer as empresas para os projetos que são importantes para a cidade e população de Araraquara é fundamental”, acrescentou Edinho.

Os serviços envolvem a montagem de um ambiente aquático que consiste na montagem de um reservatório de água com perfil estético, implementado com sistema hidráulico de circulação de água, interligados a um sistema de filtragem e tratamento eficiente que garantirá parâmetros ideais de água cristalina e bem-estar dos peixes.

O investimento também inclui serviço de paisagismo do entorno dos ambientes aquáticos e introdução de peixes e outros animais, além da limpeza pós-obra e transbordo e descarregamento de materiais. Ainda será responsabilidade da empresa a realização do teste de carga; realização dos testes de funcionamento do sistema e qualidade ideal da água; assessoria no aspecto biológico do sistema; além do treinamento e orientação de pessoa indicada para os procedimentos de manutenção básica do sistema e dos equipamentos utilizados.

Também marcaram presença na solenidade os vereadores Alcindo Sabino (PT) e Fabi Virgílio (PT); o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Carlos Porsani; o secretário de Governo, Donizete Simioni; a  secretária de Saúde, Juliana Lujan; o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Marcelo Mazeta; a secretária de Obras e Serviços Públicos, Renata Bratfisch; o chefe de gabinete, Renato Ribeiro; a ouvidora geral do Município, Fernanda Fegadolli Nascimento; Ricardo Santos, que representou a Secretaria de Planejamento e Finanças; Guilherme Leite, que representou a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo; Clemerson Luiz Araújo, que representou o Daae; Renan Pepato, que representou a MRV Incorporações; e João Batista Canella Vieira, que representou a CDR Infra Instalação e Montagem LTDA, empresa responsável pela obra.

O Parque do Basalto

O Parque Natural Municipal do Basalto ocupa uma área de 65 mil metros quadrados. No local onde o parque foi estruturado funcionou a Pedreira Santo Antônio, que explorou o basalto existente no solo entre 1938 e 1965, quando a pedreira foi desativada. A área ficou abandonada até 1996, quando ocorreu o interesse da Uniara pela construção de um parque ecológico no local. O parque, que nasceu da recuperação de uma área degradada, foi inaugurado em 2000.

O espaço foi fechado em 2017, e até 2018 estava sob responsabilidade da Uniara, que cuidava da manutenção e preservação do local desde 1998. A partir de 2018, o local ficou sob responsabilidade do Daae e vinha recebendo manutenção permanente (roçagem, varrição e poda de vegetação), além de vigilância 24 horas. Em 2021, passou a ser administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Em 5 de junho de 2022, marcando o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura entregou à população o Parque do Basalto totalmente revitalizado. O espaço foi reaberto para visitação pública e projetos educacionais, monitorados junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

O investimento total na revitalização foi de R$ 1.018.614,25, incluindo implantação do Centro de Educação Ambiental, reforma da guarita do parque (com demolição e construção de alvenaria, limpeza e substituição de pisos cerâmicos e de concreto, pintura e revestimento, substituição e limpeza de forros, coberturas, portas e janelas, reforma da cozinha, banheiros e instalações elétricas e hidráulicas); e execução de quiosques, escada de acesso à cachoeira, passarela e reforma do guarda-corpo existente, entre outros serviços, incluindo colocação de alambrado, reparos no madeiramento e obras de iluminação, com instalação de 143 luminárias de LED, entre ornamentais e públicas.

O parque tem como destaque a sua grande biodiversidade, com mais de 350 espécies de árvores catalogadas e 110 espécies de aves, entre elas algumas ameaçadas no Estado de São Paulo, além de cachoeira e paredões da rocha basalto, originados por meio do resfriamento de derrames de lava ocorridos há mais de 120 milhões de anos. O espaço público é cortado pelo Córrego da Caixa D’Água ou Córrego Pinheirinho, afluente do Ribeirão do Ouro, sendo indispensável para a conservação do recurso hídrico – segundo estudos, após a passagem pelo parque, as águas apresentam melhores características físicas, químicas e biológicas.

Além de proporcionar melhorias nas condições ambientais locais, que se refletem positivamente na qualidade de vida das pessoas, o parque também tem uma importância econômica devido à sua beleza paisagística e fácil acesso, se tornando um importante instrumento de renda para diversos segmentos, entre eles o turismo, a hotelaria e a fotografia profissional (álbuns para casamentos, fotos de gestantes, fotos de crianças).

Redação

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