Quase mil armadilhas que auxiliam no combate à dengue estão sendo instaladas em todos os pontos de Araraquara. Na última sexta-feira (24), o prefeito Edinho e a secretária de Saúde, Eliana Honain, acompanharam a instalação de uma dessas armadilhas em uma residência na Vila Ferroviária.
O serviço está sendo feito pela empresa Ecovec, de Belo Horizonte, e utiliza funcionários identificados que chegam até as residências utilizando patinetes. Depois de recepcionados pelos moradores, os agentes instalam a armadilha em local que não esteja exposto ao sol e à chuva.
A cada semana, esses funcionários voltarão até as casas para verificarem se existem mosquitos Aedes aegypti presos nas armadilhas para serem enviados à análise de laboratório.
“Esse trabalho vai apontar para a Prefeitura, de forma antecipada, quais regiões de Araraquara estão com maior incidência de mosquitos portando o vírus, o que facilita as ações de conscientização e o combate aos criadouros. Isso permite que a Prefeitura se antecipe ao contágio. É algo inovador”, analisou o prefeito Edinho.
Segundo a secretária Eliana Honain, serão 920 armadilhas instaladas. “Esse é um projeto pioneiro na região e no Brasil, porque poucas cidades têm. Se o mosquito estiver com o vírus, ele vai picar a pessoa e a pessoa vai contrair a doença. Até que a gente tivesse a ideia de onde essa pessoa mora, a gente perdia 16 dias. Com essa armadilha, eu já vou ter o mosquito e a identificação. Em uma semana, a Vigilância fará todas as ações necessárias”, explica Eliana.
“Nós vamos evitar a propagação do mosquito e da doença e vamos identificar qual vírus está circulando. É um grande avanço e uma conquista da população de Araraquara”, complementa.
Luis Felipe Ferreira Barroso, diretor de relacionamento com o cliente da Ecovec, explica os detalhes de como a armadilha funciona. “Esse processo monitora a infestação e a detecção viral, semanalmente, na área urbana do município. Essa armadilha simula um criadouro para a fêmea do Aedes aegypti, que é atraída para dentro e fica retida por um cartão adesivo”, destaca Luis.
“Os agentes de monitoramento, que estão se locomovendo com os patinetes, vão vistoriar as armadilhas semanalmente. Os agentes vão identificar, qualificar os mosquitos e os dados vão ser enviados para um sistema. Os vetores vão ser enviados para o laboratório em Belo Horizonte. Vamos analisar se os mosquitos estão contaminados com a dengue e qual o tipo (1, 2, 3 ou 4), com zika ou com chikungunya. A Prefeitura vai receber um aviso de qual área tem circulação viária para tomar as ações necessárias. Araraquara precisa saber qual tipo de dengue está circulando para montar a estratégia de combate na atenção básica”, conclui o diretor da empresa.
Também acompanharam a instalação da armadilha o coordenador de Vigilância em Saúde, Rodrigo Ramos, e funcionários da Ecovec.
Força conjunta
Eliana Honain reitera a importância da participação da população no combate ao mosquito da dengue, também cuidando das calhas e dos quintais das casas, entre outros locais internos, onde é encontrada a maioria dos criadouros do Aedes.
A secretária também reforça a importância da permissão para os agentes identificados entrarem nas casas dos moradores.
Desde novembro de 2019, quando lançou o Plano Municipal de Combate à Dengue 2020, a Prefeitura tem diversificado as ações contra o Aedes. O plano, sob o tema ‘Todos Juntos, Todo Dia, Contra a Dengue’, tem parceria com os veículos de comunicação da cidade e a sociedade civil.
Denúncias de imóveis abandonados e com possíveis criadouros continuam sendo recebidas pelo telefone da Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica, pelo 0800-774-0440, ou por meio do WhatsApp da Prefeitura, pelo (16) 99760-1190.