Recentemente, o professor do curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Adriano Marques Gonçalves, iniciou seu pós-doutorado no Instituto de Química – IQ da Unesp, em parceria com o Laboratório de Celulose Bacteriana e Química Medicinal – CBQUIM, do Grupo de Pesquisa em Química Medicinal e Medicina Regenerativa – QUIMMERA da Uniara.
“Nessa pesquisa, faço análises computacionais de moléculas com potencial de ajudar contra microrganismos resistentes, enquanto o grupo QUIMMERA realizará os ensaios laboratoriais. Meu pós-doutorado é realizado junto ao Laboratório de Química Medicinal, Síntese Orgânica e Modelagem Molecular – LaQMedSOMM do IQ, liderado pelo professor Nailton Monteiro do Nascimento Júnior, que também é o meu supervisor do pós-doutorado. Essa parceria ocorre entre a Unesp e a Uniara, com a minha participação, vinculado às duas universidades, a do professor Nailton e a do líder do QUIMMERA, professor Wilton Rogério Lustri”, conta Gonçalves.
Ele comenta que, atualmente, “temos observado o surgimento de muitas bactérias resistentes aos antibióticos disponíveis nos mercados e, sendo assim, nosso estudo tem como intuito encontrar moléculas para nos auxiliarem no combate a esses microrganismos”. “Um dos mecanismos utilizados por essas bactérias é a produção de enzimas que degradam o antibiótico antes que ele possa agir, então, estudamos moléculas que têm o potencial de inibir a atividade dessas enzimas, o que possibilitaria que o antibiótico cumprisse o seu papel. Sendo assim, essas moléculas estudadas poderiam ser usadas em tratamentos junto com os antibióticos”, explica.
A pesquisa foca em estudos computacionais, de acordo com o docente, “com algo que chamamos de ancoragem molecular”. “Com essa metodologia, utilizo um banco de dados que contém as estruturas tridimensionais das enzimas de interesse, construo as moléculas que queremos testar no computador e simulo como seria a interação e formação do complexo entre a enzima e as moléculas que queremos ligar a ela, para causar a inibição. Assim, podemos investigar as interações do complexo e escolher as melhores para fazermos ensaios laboratoriais. E o QUIMMERA já possui toda a infraestrutura e os reagentes para a pesquisa, então, acredito que os ensaios devem ser iniciados assim que houver a possibilidade, já que a pandemia ainda impede determinadas atividades”, finaliza.
Informações sobre o curso de Biologia e o QUIMMERA da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.