O artista plástico brasileiro Enio Longo integra dois importantes projetos, um deles pelas plataformas digitais e outro que associa a nanoarte brasileira, de forma inédita, à aventura humana no espaço no Moon Arts Project, sob a direção de Mark Baskinger.
Entre os dias 20 de março e 20 de abril, Enio participa da exposição virtual “Arte, infinita arte”, que pode ser acessada nas redes sociais, Facebook e Instagram, do Raphael Art Gallery Virtual – Edmundo Cavalcanti. A organização e curadoria da exposição estão sendo realizadas por Edmundo Cavalcanti. Usando técnicas variadas como acrílico, óleo e lápis, Enio selecionou para esta exposição obras que falam sobre o amor. “Acho que o amor é uma ciência exata, porque para amar é preciso ter exatidão, senão não é amor”, declara o artista.
Desde 2009, Enio faz parte do núcleo de criatividade do Projeto Nanoarte no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “A nanoarte liga a ciência à arte; novos parâmetros para sociedade”, avalia o Prof. Dr. Elson Longo, diretor do CDMF.
Pioneiro, Enio tem difundido internacionalmente a nanoarte brasileira. Em 2012 participou de uma exposição em Tel Aviv (Israel), coordenada pelo cientista/artista Cris Orfescu. Posteriormente, levou a nanoarte do Brasil para exposições em Nova Iorque, São Francisco (Califórnia) e Romênia. Em 2014, teve um quadro de autoria de Enio foi publicado em matéria sobre a nanoarte no The News York Times. Em 2015 foi eleito o quarto artista mundial no desenvolvimento de nanoartes na exposição de Nanoart21 em São Francisco – Califórnia.
Enio é um artista que conta o cotidiano através do surrealismo. Sua obra inicial, o Labirinto, é uma homenagem aos mestres do cinema: Luis Buñuel, Michelangelo, Antonioni, Sergio Leone, Akira Kurosawa, Paolo Pasolini, Federico Fellini, entre outros. A obra Canto Mudo, de 1980, retrata sua visão sobre Cristo.
Nanoarte de Enio Longo rumo à Lua
Neste ano de 2023, a Carnegie Mellon University enviará o primeiro museu para a Lua a bordo de um módulo de pouso Astrobotic, com lançamento programado para o próximo dia 4 de maio. A nanoarte de Enio Longo integra o “The MoonArk” (Museu da Lua), projeto altamente colaborativo e massivamente integrado dirigido à Lua, com o objetivo de despertar a admiração dos humanos do futuro por meio de narrativas visuais poeticamente emaranhadas das artes, humanidades, ciências e tecnologias.
“The MoonArk” é um presente de vida e esperança para os futuros humanos incorporados por todas as artes, ampliando a missão lunar para refletir sobre como a Lua agita as marés, os padrões de crescimento da vida, os ritmos da sociedade e como a Lua sempre continua a nos puxar ainda mais para o céu.
MoonArk é uma escultura composta por quatro câmaras independentes de 2”hx 2”dia e pesando um total combinado de 10 onças, contém centenas de imagens, poemas, música, nano-objetos, mecanismos e amostras terrestres entrelaçadas por meio de narrativas complexas. Impossivelmente pequeno, amplamente diversificado, hiperleve, mas incrivelmente duradouro, o MoonArk foi projetado para durar milhares de anos para projetar a humanidade da maneira mais bela e altamente significativa.
Existem dois MoonArks idênticos, gêmeos em todos os aspectos, um indo para a Lua e outro para permanecer aqui na Terra. Em abril de 2022, após uma extensa turnê internacional para exposições, festivais e apresentações especiais – com o objetivo de envolver as pessoas de maneira a desencadear diálogos e conversas – a MoonArk gêmea que permanecerá aqui na Terra foi incluída na coleção permanente do Smithsonian National Museu do Ar e do Espaço.
Para informações atualizadas sobre o projeto, consulte nossa página no Twitter: www.twitter.com/CMU_MoonArk
CDMF
Com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).