Em mais um dia de greve com a porta da Prefeitura de Araraquara lotada, na manhã de hoje, 21, os Servidores Municipais decidiram manter a paralisação dos serviços públicos nesta quinta-feira, 22, já que o governo insiste em não negociar com o Sindicato e com a categoria.
Os Servidores farão novamente a concentração em frente ao Paço Municipal, a partir das 8 horas. Atos como passeata e panfletagem poderão ser realizados, de acordo com a vontade da categoria.
O Sindicato convoca todos os servidores a aderirem à paralisação (com exceção da GCM, Trânsito, Urgência e Emergência e tratamento e distribuição de água). A greve é em defesa de tosos, já que tem como objetivo impedir o retrocesso que o projeto apresentado pelo governo representa.
Da maneira que está, o projeto reduz salários e o impacto é maior para os menores salários. O corte do abono pecuniário dos salários é linear, um valor fixo, igual para todos os servidores. Já o reajuste que o governo apresentou é em percentual, ou seja, aumenta mais os salários maiores.
Em outras palavras, todos vão perder o mesmo valor, mas quem ganha mais terá reajuste maior. Já para quem ganha os menores salários, o reajuste não cobre sequer a perda do abono.
Lembrando que os vereadores, incluindo todos que apoiam o governo, decidiram trancar a pauta do Legislativo em apoio às reivindicações dos Servidores. Até que o governo retire o projeto e sente para negociar com os servidores, nenhum projeto será votado.
Ao contrário do que a Prefeitura divulgou para a imprensa, o movimento grevista aumentou de terça para quarta, com mais unidades e mais servidores aderindo à paralisação.
A exigência da categoria é muito simples: que o governo retire o projeto que enviou para a Câmara e que volte a abrir diálogo para negociação.
O Sindicato e a categoria querem voltar para a mesa de negociação para que, junto com o governo, seja possível chegar a uma proposta que não reduza os vencimentos de ninguém. Para isso, é preciso que o governo esteja disposto a encontrar alternativas. E não precisam ser alternativas que vão sangrar as contas da Prefeitura. Mas também não pode ser uma proposta que ande para trás.