Nando Reis lança o livro “Pré-Sal” na abertura da FliSol

Ingressos para mesa literária “A Música e a Literatura” no Teatro Municipal esgotaram em 40 minutos

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O autor, cantor e compositor Nando Reis abre a programação da FliSol – Festa Literária da Morada do Sol na próxima quarta-feira (6), com a mesa literária “A Música e a Literatura”, sob medição do Prof. Dr. Alexandre Campos, Professor Assistente Doutor na UNESP – FCL de Araraquara. Os ingressos estão esgotados e, de acordo com a organização, 40 minutos após a divulgação nas redes sociais do evento, a distribuição foi encerrada.

A programação terá início às 19 horas, no hall do Teatro, com a Feira de Livros que irá reunir diversos expositores e escritores participantes da festa, selecionados por meio de edital, além da banda convidada Soul da Ilha.

A mesa literária “A Música e a Literatura” com Nando Reis, no palco do teatro, é destaque na abertura. O autor, cantor, compositor e produtor vem atravessando fronteiras, seja com a música, seja com a literatura. Considerado um dos principais compositores e hitmakers brasileiros e com mais de 40 anos de carreira, Nando foi integrante do icônico grupo de rock Titãs.

Em sua carreira musical, Nando Reis possui mais de 10 álbuns lançados, 6 milhões de cópias vendidas, 2 Grammys Latinos vencidos e 12 indicações ao prêmio. O músico segue realizando mais de 100 shows anuais, se consolidando como um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira.

Na abertura do FliSol, Nando Reis vem para falar de literatura e lançar seu livro “Pré-Sal”, lançado em julho deste ano – a obra é o registro da música “Pré-Sal”, que inicia o disco Sei (2012), uma canção autobiográfica que mergulha em sua memória afetiva.

Nas palavras do poeta e professor Eucanaã Ferraz, que assina o prefácio do livro, “Nando Reis propõe uma experiência poética singular: levar-nos ao seu pré-sal para vivermos o desconhecido. Para ele — o criador —, mergulhar é encontrar sua história pessoal, projetada nos cacos de um espelho estilhaçado. Tudo o que vê está ligado a ele por uma série de afeições — do trauma à mais perfeita harmonia, da dor ao júbilo. Tudo é reconhecível para o autor-mergulhador.”

Processo

Dois anos depois de compor Pré-Sal, a canção do disco Sei, Nando Reis começou a ilustrar cada verso da letra em um pequeno caderno. O resultado foi uma reunião de desenhos, colagens, fotos, ilustrações e fragmentos de memória que nos transporta à sua infância e juventude, e que agora estão publicados em livro homônimo, com duas opções de capa.

Nas lembranças do autor, estão verões passados na casa da família em Ubatuba, as mãos macias da avó, a louça pintada à mão que deu vida a uma das capas do livro, passeios de triciclo, brincadeiras de infância e muito mais.

Para fazer tais registros na caderneta com formato 10×15 cm, Nando Reis usou caneta hidrográfica, nanquim, grafite, crayon, lápis de cera, lápis aquarela, guache, Ecoline, além de manusear papéis e fotografias.

O que se vê ao longo das 120 páginas, aos olhos de Eucanaã, é um “colorido intenso, traços rápidos, espontâneos, expressivos, quase nervosos às vezes, mas também delicadezas, finuras, composições elaboradas, jogos de escalas e perspectivas, experimentações tipográficas. Uma plasticidade, digamos, rock-and-roll”.

Segundo o cantor, “Pré-sal é o vértice do ângulo mais agudo da figura formada pela tríade que molda minhas composições: autobiográfica/imagética/quilométrica. Nessa caderneta, acrescento outras faces e arestas a essa mirabolante coleção de versos e lembranças. Como um mosaico feito dos fragmentos das memórias de infância, essas páginas apresentam outras camadas de minha linguagem: desenhos, grafismos, colagens, caligrafia… fricção de texturas à espera de decantação”.

Redação

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