Segunda-feira (25) se inicia com duas Ações Formativas: “CO(u)RO Imaginário”, com Ireno Júnior (PI), na EMD das 9h30 às 11h30; e “Corpo Zero – Energia e presença na construção do corpo em cena”, com Luis Alonso (Cuba/Brasil), no Senac Araraquara das 9 às 12h. Também, das 15 às 17h, a oficina “Dança: corpo e escrita criativa”, com João Paulo Lima (CE), será realizada no CAOF – Centro de Artes e Ofícios Judith Lauand.
Na FCL-Unesp, à noite, serão realizados: a conferência “O que corazonamos com os sonhos?”, com Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro, no Anfiteatro B às 19h; e o ritual “Toré” com Kariri Xocó (AL/SP), no Espelho D’água às 21h.
A 23ª edição do FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara, entre os dias 22 e 30 de setembro, apresenta o tema “Dançar sonhos manifestos”, em uma realização da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, com apoio: Unesp, Sesc Araraquara, Senac Araraquara, Prefeitura de Matão, Casa Pipa, UFBA – Universidade Federal da Bahia, Novo Hotel Municipal e Amigos da Arte. O evento é realizado com apoio institucional da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo e da APAA.
O festival apresenta programação gratuita com atividades que focam em ações formativas, espetáculos locais, espetáculos nacionais e internacionais, com a curadoria compartilhada entre Ailton Krenak – liderança indígena, escritor, pensador e membro da Academia Mineira de Letras – e a artista-docente Gilsamara Moura – atual vice-diretora da escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Para as inscrições gratuitas nas oficinas é necessário o preenchimento do formulário online: https://bit.ly/fida-2023 ; enquanto que para os espetáculos os ingressos serão distribuídos uma hora antes da apresentação. Mais informações: www.araraquara.sp.gov.br/fida e redes sociais FIDA (instagram.com/fidaararaquara e facebook.com/FIDAARARAQUARA ).
Programação:
9h30 às 11h30: Ações Formativas: “CO(u)RO Imaginário”, com Ireno Júnior (PI)
Local: EMD
– A oficina abordará, por meio de experimentações individuais e coletivas em dança, estratégias compositivas de ativação corporal que fazem parte do repertório de criações de Ireno Júnior, passando pelas seguintes ações: dançar como quem fabula a própria existência, perceber as materialidades que compõem nosso mover, dançar como quem luta e movendo os mundos. A ação formativa também abordará a potencialidade da dança na construção de imaginários que podem ressoar nos movimentos dançados.
– Ireno Júnior: artista da Dança, tem atuado no fazer artístico como pessoa diretora, curadora, coreógrafa, bailarina, produtora e dramaturgista em dança. Atualmente, faz doutorado em Dança na UFBA, onde fez mestrado e especialização em Dança. Dirige e faz a curadoria do Turbulência Encontros de Danças. Coordena de forma colaborativa dois projetos piauienses: Danças Que Temos Feito e Congresso FORMA. Atualmente, é pessoa docente e coordenadora do curso de qualificação profissional da Escola Estadual de Dança – Lenir Argento. Foi pessoa professora substituta da UESPI. É pessoa diretora e criadora de espetáculos que foram dançados em diferentes espaços e festivais do Piauí e em outros estados, tais como: Guiança (2022), Valentar (2021), Braços Pra Que Te Quero (2018), Eólico desdobrado (2017). Tem pesquisado sobre a “vulnerabilidade como jeito de fazer em dança” e “Estudos Queer em corpos que dançam”, e suas criações problematizam os assombros no/do corpo (assunto que vem desenvolvendo no doutorado em Dança).
– Público pretendido: Jovens a partir de 15 anos e demais pessoas interessadas pela dança. 20 vagas.
* Inscrições: Gratuita, através do preenchimento do formulário online: https://bit.ly/fida-2023
9 às 12h: Ações Formativas: “Corpo Zero – Energia e presença na construção do corpo em cena”, com Luis Alonso-Aude (Cuba/Brasil)
Local: Senac Araraquara
– Desenvolver um trabalho centrado na energia e na presença, em treinamentos que acessam chaves no corpo de atrizes, atores, dançarinos e performers, ativando o pensamento criativo a partir do próprio corpo. Pensar com a energia, com o corpo e com as ações, acessando o Corpo Zero, local oculto que nos conecta à energia primordial, energia que é pensamento. Cada corpo humano em vida é um território preenchido de uma potência energética e impressões que conformam memórias. Ativar estas energias, dançar com elas relacionadas com estas memórias, é um trajeto a ser percorrido nesta oficina.
– Luis Alonso-Aude: formado pela Escola Nacional de Artes e cursou no Instituto Superior de Artes de Havana, Cuba; formado em Letras pela UNEB. Mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC-UFBA e Doutorando no mesmo programa. Diretor do grupo Oco Teatro Laboratório, do Festival Internacional Latino-Americano de Teatro da Bahia, organiza o Colóquio Internacional de Artes Cênicas da Bahia, editor da Revista Boca de Cena e organiza o Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste. Membro permanente do grupo multicultural de pesquisa teatral Ponte dos Ventos, dirigido por Iben Nagel Rasmussen, atriz do Odin Teatret.
* Inscrições: Gratuita, exclusiva para os estudantes do Técnico em Teatro do Senac Araraquara
15 às 17h: oficina “Dança: corpo e escrita criativa”, com João Paulo Lima (CE)
Local: CAOF – Centro de Artes e Ofícios Judith Lauand
– Experimentos entre as palavras e onde elas podem nos acompanhar como corpos criativos dançantes? Essa oficina é um exercício de composição corporeográfica em que os encontros, as memórias e o agora tomam um mesmo lugar de processo e criação como um primeiro passo para composições futuras. Usamos textos que vão se construindo ao longo de cada exercício proposto e trocamos uns com os outros as palavras agregadas com nossas danças.
– João Paulo Lima é artista-performer- educador e escritor. Doutorando em Dança (UFBA). Mestre em Literatura Comparada (UFC) Técnico em dança contemporânea e assessor de acessibilidade. Desenvolve suas pesquisas sobre corporeidades diversas. Dirige espetáculos de dança, teatro e video-performance. É ativista dos direitos das pessoas com deficiência e colaborador do coletivo nacional LGBT: Vale PCD
– Público pretendido: Jovens a partir de 15 anos e demais pessoas interessadas em dança. 20 vagas.
Inscrições: Gratuita, através do preenchimento do formulário online: https://bit.ly/fida-2023
19h: Conferência “O que corazonamos com os sonhos?” com Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro
Local: Anfiteatro B da Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Araraquara, UNESP
Nesta conferência, Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro trazem a oportunidade de reflexão sobre as consequências do abandono do sonho e o que o flerte com o capitalismo ocasionou na nossa civilização. Longe de ser uma conversa pessimista, pelo contrário, o interesse dessas duas pessoas é trazer para o centro de discussão a importância de reconhecer e se reconectar com os saberes existentes no planeta, que pelo entendimento de Sidarta, é suficiente para que possamos viver bem, viver melhor.
Futuro. “A saída é pelos saberes que acumulados, é saber honrar nossa ancestralidade e sobretudo retomar a arte de sonhar. Pensar e sonhar que outro futuro é possível”, Sidarta Ribeiro.
Sonhar. “Para algumas pessoas, a ideia de sonhar é abdicar da realidade, é renunciar ao sentido prático da vida. Porém, também podemos encontrar quem não veria sentido na vida se não fosse informado por sonhos, nos quais pode buscar os cantos, a cura, a inspiração e mesmo a resolução de questões práticas que não consegue discernir, cujas escolhas não consegue fazer fora do sonho, mas que ali estão abertas como possibilidades” Ailton Krenak.
21h: “Toré” com Kariri Xocó (AL/SP)
Local: Espelho D’Água, Câmpus de Araraquara, UNESP
Na língua dos Kariri-Xocó, TO significa canto, o RÉ significa sagrado. Sendo assim, o Cacique Yradzù Kariri Xocó nos explica a importância do cantar e dançar com o som sagrado, pois dessa forma é possível emanar o som sagrado para o universo, o que traz fortalecimento, cura e também prosperidade em todos os sentidos.
“O Toré não é só cantar e nem só dançar, é sentir a vibração da terra, da água, do fogo do ar que são elementos que existe dentro de nós e é pelo Toré que despertamos esses elementares dentro de nós: batendo com os pés no chão, assim acordando a mãe Terra para que ela possa despertar e fortalecer a nossa energia de baixo para cima”. O Toré traz essencialmente a dança que é o movimento das águas, ou seja, um convite para deixar fluir toda a energia que existe dentro de cada um de nós, pode ser experienciado a partir de uma perspectiva lúdica, valorizando a alegria contida nas danças, na energia gerada naturalmente quando um coletivo de pessoas se reúnem, evocam e reverenciam a magnitude da vida.
SERVIÇO:
FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara 2023
Data: 25 de setembro (segunda-feira)
Programação:
9h30 às 11h30: Ações Formativas: “CO(u)RO Imaginário”, com Ireno Júnior (PI)
Local: EMD – Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira (Rua Vicente Jerônimo Freire, 12 – Vila Xavier)
9 às 12h: Ações Formativas: “Corpo Zero – Energia e presença na construção do corpo em cena”, com Luis Alonso (Cuba/Brasil)
Local: Senac Araraquara (Rua João Gurgel, 1935 – Carmo)
15 às 17h: oficina “Dança: corpo e escrita criativa”, com João Paulo Lima (CE)
Local: CAOF – Centro de Artes e Ofícios Judith Lauand (Rua Andrelino Alves Pinto, 170 – Vila Xavier)
19h: Conferência “O que corazonamos com os sonhos?” com Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro
Local: Anfiteatro B da Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Araraquara, UNESP (Rod. Araraquara Jaú, km 1)
21h: “Toré” com Kariri Xocó (AL/SP)
Local: Espelho D’Água, Câmpus de Araraquara, UNESP (Rod. Araraquara Jaú, km 1)
Grátis