O adolescente, de 14 anos, suspeito de assassinar a estudante Júlia Peixoto Machado, de 13 anos, confessou o crime e alegou impulsividade e que não havia um motivo específico para cometê-lo. Ele foi ouvido na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e depois recolhido à Fundação Casa, onde aguardaria pela Audiência de Custódia que acontece nesta quarta-feira (11).
O corpo da estudante foi localizado, na noite dessa terça-feira (10), na área do antigo Tropical Shopping. Júlia já era procurada pela família desde a manhã da última segunda-feira (9), quando saiu de uma van escolar na frente da Escola Estadual Augusto da Silva César, no bairro São José, onde ela estudava.
Na noite de segunda-feira, a família de Júlia registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Plantão. Na manhã dessa terça-feira, equipes da Polícia Civil começaram a procurar a estudante e chegaram até a ouvir o suposto namorado, que negou que havia visto Júlia naquele dia. Porém, horas depois, os pais dele acabaram ligando para a polícia e ele confessou que havia matado a namorada com vários golpes de faca por ‘impulso’.
No início da noite, a polícia localizou o corpo da estudante que estava seminua e com diversas perfurações pelo corpo.
O adolescente também teria afirmado que manteve relação sexual consensual com a vítima, antes de cometer o crime. O corpo da adolescente foi periciado e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passaria por exames que devem apontar se houve ou não violência sexual. A polícia apreendeu um celular e um computador do suspeito e busca informações sobre uma possível participação de uma terceira pessoa. A faca usada no crime teria sido jogada pelo acusado em um rio.
Depois de ouvido, ele foi apreendido na Fundação Casa, e deve passar por audiência na Vara da Infância e Juventude nesta quarta-feira. O adolescente deve responder por atos infracionais equiparados a feminicídio e estupro.