O hábito e as ações em busca de uma alimentação saudável sempre foram importantes em qualquer fase da vida, tanto que no dia 31 de março é celebrado o Dia Nacional da Saúde e Nutrição.
No entanto, durante a pandemia da Covid-19, essa conduta representa uma grande aliada já que além do excesso de peso, a má alimentação pode desencadear outros fatores que aumentam o estado inflamatório e podem levar os indivíduos ao grupo de risco.
De acordo com a nutricionista Francine Scochi Leal Turibio, do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, é importante manter o padrão alimentar o mais saudável possível, inclusive, evitando alimentos ultraprocessados e buscando manter ao máximo a rotina dos horários das refeições.
“Os efeitos e estressores do período de confinamento como aumento da tristeza, ansiedade, medo relativo ao futuro, insegurança em relação ao emprego, o risco de morte, entre outros, acabam sendo revertidos em uma alimentação desequilibrada. Essa situação, além do excesso de peso e obesidade, também pode desencadear outros fatores que aumentam o estado inflamatório levando indivíduos para o grupo de risco ou até piorando o quadro daqueles com doença prévia”, explica Francine.
Ela orienta ainda que a prática de exercício físico pode ser uma alternativa para controlar os sentimentos e melhorar a imunidade do organismo. “Os sentimentos precisam ser controlados e amenizados para que se consiga um melhor controle alimentar. Assim, o exercício físico entra como um grande aliado, já que contribui para melhorar a resistência e a imunidade. Isso ocorre porque o nosso organismo tende a liberar endorfina e serotonina, que são os hormônios que nos trazem sensação de bem-estar e prazer”, ressalta.
A nutricionista do Grupo São Francisco reforça que é importante planejar e organizar as refeições de forma prática no dia a dia para evitar grandes intervalos ou o consumo de alimentos que devem ser evitados.
“Priorize alimentos naturais, evite produtos com gordura trans, use pequenas quantidades de sal, óleo, gorduras ou açúcar nos preparos, investindo nos temperos. Dê preferência para alimentos de produção orgânica, sempre que possível. Aproveite o tempo em casa para montar uma hortinha. Tenha uma garrafinha de água sempre em mãos, faça o uso de chás, evite o consumo de álcool, bebidas com cafeína e cigarros”, orienta Francine. “Aprenda a mastigar mais, dê atenção ao que for comer e, para isso, não assista TV ou mexa no celular para não se distrair durante as refeições. E tenha contato com o sol diariamente para melhor absorção da vitamina D e uma melhora da resposta imune”, finaliza.
Alimentos e vitaminas
Existem alimentos que são abundantes em vitaminas e que podem colaborar para uma resposta imunológica melhor do nosso organismo, como por exemplo:
Zinco: aves, shitake, carne vermelha, nozes, sementes de abóbora e de gergelim, feijão e lentilhas.
Beta-caroteno: batata-doce, cenoura e vegetais de folhas verdes.
Selênio: castanha-do-Pará, ovo, sementes de girassol, fígado bovino, peixes diversos e peito de frango.
Vitamina C: laranja, morango, manga, limão, acerola, goiaba e pimentão vermelho.
Vitamina E: nozes, amêndoas, óleos vegetais, sementes, espinafre e brócolis, abacate, manga, abóbora.
Vitamina A: gema de ovo, leite, fígado de boi, frutas e legumes amarelos e alaranjados e vegetais verde-escuros.
Vitamina B6: banana, peixes como salmão, frango, camarão e avelãs.