A Boeing desistiu do acordo de US$ 4,2 bilhões firmado com a Embraer para a compra da área de aviação comercial da fabricante de aviões brasileira.
Segundo fontes próximas as negociações, a Embraer não teria cumprido as condições necessárias para concluir o acordo.
Em uma carta divulgada na sexta-feira, a Embraer se recusou a estender o prazo de 24 de abril para fechar o acordo, que exige que a Boeing compre 80% das atividades da área de aviação comercia da fabricante brasileira, disseram as fontes.
Analistas avaliam, no entanto, que o rompimento do contrato também reflete os problemas financeiros atravessados pela Boeing. Maior fabricante de aviões dos EUA, a Boeing pediu no mês passado pelo menos US $ 60 bilhões em garantias de empréstimos do governo dos EíUA para si e para outros fabricantes aeroespaciais americanos para ajudar o setor em apuros a resistir aos efeitos do coronavírus para a aviação.
No início do mês, a Boeing suspendeu a produção de seu avião 787 em suas instalações na Carolina do Sul e adiou indefinidamente suas operações de produção nas instalações do estado de Washington.
A pandemia agravou ainda mais uma crise já existente ao longo dos anos de aterramento do jato 737 MAX, anteriormente vendido pela Boeing, depois de dois acidentes fatais.
A Boeing confirmou a decisão de suspender o acordo a Reuters. A Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, não quis comentar.