Nesta quinta-feira (6), o “Canal Direto com a Prefeitura” fez uma homenagem ao Dia do Jornalista, que será comemorado nesta sexta-feira, 7 de abril. Para falar sobre os desafios da profissão, o programa produzido pela Secretaria Municipal de Comunicação convidou um experiente profissional desse segmento, o jornalista Benedito Reginaldo Viviani, o Tetê Viviani, que atua na assessoria de imprensa da Prefeitura e é uma das referências do foto-jornalismo de Araraquara.
Tetê citou a cobertura realizada no período da pandemia como uma passagem que marcou a sua trajetória. “Foi um momento de muita tensão, visitando hospitais, as barreiras na cidade, e Araraquara deu exemplo, saiu na frente, e ali tivemos um momento importante na história do país no combate à pandemia. Registramos tudo. Em algumas ocasiões, eu tive que convencer as enfermeiras a me deixar entrar nos hospitais e argumentava que queria registrar o trabalho dos heróis da saúde, que faziam um trabalho magnífico”, comentou.
O foto-jornalista se define como um “operário da fotografia” pelo fato de estar nos locais para registrar cada momento. “São muitos os registros e fica difícil enumerar quais foram os mais difíceis, mas recentemente também tivemos uma tragédia na cratera da Avenida Francisco Salles Colturato, que se rompeu com a forte chuva. Eu acompanhei a busca dos bombeiros e foi um momento muito difícil, muito emocionante e sentimos muito o drama da família, pois foram seis vidas perdidas”, recordou.
Ao receber mensagens de carinho de companheiros de trabalho e internautas durante a entrevista, Tetê falou sobre a maneira com a qual conduz o seu trabalho. “Eu estou na ativa há muito tempo e as pessoas sempre me viram trabalhando aqui e ali, então fica aquela impressão de que estou em todos os lugares, mas volto a dizer que sou um operário. Eu registro as fotos de maneira simples, não tenho grandes fotos, mas no fundo eu acredito que a assiduidade nos eventos é meu forte nesses últimos anos”, pontuou.
O jornalista falou também sobre sua relação com a Ferroviária, clube que ele acompanha desde a infância e que participou do registro de boa parte de sua história. “Aproveito para deixar meus parabéns à Ferroviária, que comemora 73 anos de existência no próximo dia 12 de abril. Eu sempre estou no gramado em Araraquara e também em jogos fora, por isso eu tenho um grande registro da Ferroviária. Mas também tenho outras coberturas, da cultura, shows, carnavais de Araraquara, Facira, então a nossa vida é registrar os eventos do dia a dia”, salientou.
Tetê explicou de onde vem tanta dedicação no trabalho. “Sou filho de Araraquara, gosto da cidade, amo o que eu faço, faço com paixão, com vontade, independente do horário, de outras coisas, e estou sempre à disposição para colaborar”, completou o profissional, que também projetou o futuro do jornalismo em Araraquara e no Brasil. “Vejo uma informação rápida, cada vez mais tecnológica e visual, com imagem e som. A comunicação avançou muito. O jornalismo vai evoluir cada vez mais, porém o que preocupa é o jornalista, que vai perder muito campo de trabalho, pois já vemos muitas produções independentes e o jornalista tem que estar cada vez mais preparado, buscar conhecimento e estudar bem a tecnologia para sobreviver nessa ‘selva de informações'”, acrescentou.
Tetê concluiu sua entrevista com uma mensagem aos profissionais da comunicação de Araraquara. “Deixo meu abraço a todos os jornalistas, a todas as redações, diagramadores, pauteiros, já que o jornalismo vive da pauta, enfim, todas as pessoas e equipes que dão suporte aos jornalistas. Meus parabéns a todos”, finalizou.
A história do Dia do Jornalista
“O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830. Líbero Badaró, como era mais conhecido, era um oposicionista ao imperador D. Pedro I e foi o criador do Observatório Constitucional, jornal independente que focava em temas políticos até então censurados ou encobertos pelo monarca. Badaró era defensor da liberdade de imprensa e morreu em virtude de suas denúncias e de sua ideologia que contrariava os homens do poder. A morte de Badaró alimentou ainda mais a crise que começava a se instaurar no império, com a revolta de populares e políticos que eram contra a repressão do monarca. Os atos violentos passaram a acontecer frequentemente, o que levou à renúncia de D. Pedro em 7 de abril de 1831.