Em visita ao Hospital da Solidariedade, o prefeito Edinho destacou que a reabertura de 13 leitos de enfermaria no hospital de campanha tem o objetivo de trazer maior segurança para a população de Araraquara em meio à circulação da variante ômicron da Covid-19.
Edinho também reforçou que Araraquara não enfrenta risco iminente de colapso no sistema de saúde, apesar do aumento expressivo de contaminações nas últimas semanas. O retorno das internações para o hospital de campanha também tem objetivo de suprir as necessidades dos municípios da região.
“Estamos testando 100% da população que ‘bate à nossa porta’. Sintomáticos e assintomáticos. Não tem restrição. Positivou, passa pelo médico. Passou pelo médico, já sai com protocolo de medicamentos. Isso faz com que Araraquara tenha uma situação administrável em relação aos seus leitos, mas temos uma demanda muito grande da nossa região para internações. E Araraquara é polo regional, tem papel de liderança regional. Estamos abrindo leitos para dar segurança à nossa população caso continuem crescendo as internações. Se a região necessitar, nós também teremos leitos”, explicou o prefeito.
“Nós teremos 13 leitos, 12 de enfermaria e um de estabilização. Precisamos de um leito de estabilização, com respirador, para que, se algum paciente da enfermaria agravar, nós tenhamos essa estrutura de suporte respiratório para que o paciente estabilize e nós possamos transferi-lo para a UTI”, complementou Edinho.
Além dos 13 leitos do local, também permanecem funcionando outros 13 leitos no Pronto-Socorro do Melhado (cinco leitos de suporte ventilatório e oito leitos de enfermaria).
Apenas uma ala do Hospital da Solidariedade deverá ser reativada, não prejudicando os atendimentos que ocorrem no local com a estrutura do Centro de Referência em Testagem Covid-19 (diariamente, das 7h às 19h) — as duas estruturas, de internação e de testagem, são separadas fisicamente.
Desativação e retomada
Os leitos do hospital de campanha foram desativados em novembro do ano passado e transferidos para a unidade do Melhado. Sua estrutura, que chegou a cerca de 70 leitos nos piores momentos da pandemia, estava atendendo menos de cinco pacientes diários.
Segundo a Secretaria de Saúde, R$ 80 milhões foram investidos no combate à pandemia em 2021, em recursos próprios da Prefeitura. O custeio mensal do hospital de campanha era estimado em R$ 5 milhões, o que inclui pessoal (equipes de atendimento) e estrutura física.
Com a circulação da variante ômicron e o aumento expressivo de casos, o hospital reabriu como Centro de Referência de Testagem no dia 10 de janeiro. E agora, nesta terça, ocorre a reabertura dos 13 leitos de enfermaria.
No mês de janeiro, concluído nesta terça-feira, Araraquara registrou 19.485 casos de Covid-19, número 3.312% maior do que o registrado em dezembro, quando foram 571 casos. Em relação aos óbitos, foram 32 vítimas neste primeiro mês de 2022 contra três em dezembro de 2021 (crescimento de 966%).
Nesta terça-feira, 72 pacientes (26 deles de outros municípios) estão internados em Araraquara com coronavírus, sendo 51 em enfermaria e 21 em UTI.
Para conter o avanço da ômicron, é fundamental estar com o ciclo completo de vacinação, incluindo a terceira dose (no caso de quem já está apto a receber). Até o momento, Araraquara já aplicou 503.577 doses de vacinas. São 209.570 pessoas que tomaram a 1ª dose (87,93% da população) e, dessas, 199.357 imunizadas com a 2ª dose ou dose única (83,64%). Já estão com a 3ª dose/dose adicional 94.650 pessoas (39,71% da população).