As queimadas podem ter duas causas: humanas ou naturais, e o tempo seco, aliado à ação dos ventos, pode fazer as chamas aumentarem e se proliferarem. Além disso, a ausência de chuvas – comuns nessa época do ano – faz com que as queimadas em larga escala aumentem.
O assunto é discutido com grande empenho pelas distribuidoras e transmissoras de energia elétrica, pois há sério risco de incêndio em terrenos baldios ou áreas rurais sob as redes de distribuição e transmissão.
Um levantamento feito pelo Centro de Operações da CPFL Paulista mostra que, apenas nas cidades que contemplam as regiões de São Carlos e Araraquara, durante 2021, foram contabilizadas 262 queimadas (de todas as proporções, sejam no campo ou na área urbana) responsáveis por interrupções no fornecimento de energia. Nos primeiros seis meses de 2022, o número já chega a 66.
“Nosso trabalho de conscientização com o Guardião da Vida visa diminuir, ano após ano, o número de queimadas e ter o menor impacto possível no serviço prestado, e também alertar que, de modo geral, são prejudiciais para o meio ambiente e à saúde humana. Além dos prejuízos à distribuidora, as queimadas geram destruição ambiental dos biomas e áreas que elas afetam, além de emitirem gases poluentes e fumaça, que causam mal à saúde, quando inalados”, afirma Jean Oliveira de Santana, gerente de operações de Campo da CPFL Paulista.
Os incêndios sob a rede de distribuição de energia são, muitas vezes, causados pelo uso do fogo como método de poda de algumas plantações. “O impacto das queimadas é maior ainda quando acontecem sob as linhas de transmissão, responsáveis pelo abastecimento de regiões inteiras”, reforça Santana.
Entre os municípios com mais interrupções nas regiões em 2021, Araraquara lidera o ranking com 71 ocorrências. São Carlos ocupa a segunda posição com 40 casos e Taquaritinga fica em terceiro lugar, com 35 ocorrências.
Geral
Considerando todas as cidades atendidas pela CPFL Paulista em 2021, as interrupções desse tipo caíram 39% em relação a 2020. Foram 2.272 ocorrências no ano passado contra 3.715 no ano anterior.
Se compararmos apenas os primeiros seis meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, o número seguiu a mesma queda, 38%.
De acordo com o estudo da distribuidora, Campinas liderou o ranking geral de queimadas, totalizando 168 ocorrências, seguida por Bauru e Ribeirão Preto, ambas com 112.