Edna Martins
Desde que assumi a Diretoria de Desenvolvimento Regional minha preocupação tem sido em recolocar nossa região na rota do desenvolvimento do Estado de São Paulo para a geração de empregos e oportunidades. Com o apoio fundamental do Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, transformamos o escritório regional num local de trabalho para conquistarmos essa meta.
Além de organizar um fórum de prefeitos que discute os problemas enfrentados por aqui, especialmente os relativos ao enfrentamento à Covid, tenho promovido a articulação institucional para, enfim, termos uma organização regional que coloque Araraquara e região como polo atrativo no Estado de São Paulo.
Esse grupo de prefeitos tem sido fundamental para que nossas cidades não deixem ninguém pra trás, assim um município colabora com o outro, em articulação com a Diretoria Regional de Saúde temos mantido o acompanhamento da situação na região.
Vivemos um momento crítico do enfrentamento da doença. Todo cuidado é pouco!
Mas a vacina chegou! Graças ao esforço do Governo do Estado de São Paulo e, isso, nos dá a esperança de dias melhores e de salvar vidas. Mas, todo o mundo, o Brasil, o Estado, nossa região e cidades têm que planejar a saída do rastro de destruição da economia que a pandemia provocou.
Aqui é fundamental que possamos pensar em ações consorciadas na região para atingirmos melhor desempenho em nossas cidades. A legislação sobre a regulação de Consórcios foi atualizada oportunizando, transparência e melhores arranjos regionais.
A Região Central é uma região rica em potencialidades e um Consórcio pode incidir sobre vários aspectos importantes.
O primeiro deles é político. Organizar uma pauta regional para que possamos conversar com o Governo do Estado e o Governo Federal sobre o que precisamos. É mais fácil um conjunto de municípios que representam mais de um milhão de habitantes conseguir um lugar à mesa do que os municípios individualmente.
Outro aspecto diz respeito às compras realizadas em conjunto. A observação dos consórcios nos mostra que os preços caem drasticamente em compras consorciadas valorizando a boa destinação do dinheiro público.
Aspecto fundamental é a possibilidade de eficiência em políticas públicas que isoladamente as prefeituras não têm condições de realizar. Vejamos, por exemplo, o caso da violência doméstica. Qual município tem condições de manter abrigo e equipe profissional para o atendimento adequado das pessoas vitimadas? Tudo pode ser diferente se fizermos um abrigo regional onde todas as cidades da região terão acesso.
Outro problema gravíssimo que bate à porta de nossas prefeituras é o enfrentamento às drogas e tratamento dos dependentes químicos, acolhimento de crianças, da população lgbtqia+, moradores de rua.
Saindo do campo dos Direitos Humanos podemos falar das questões que afetam o meio ambiente, como é o caso da destinação dos resíduos sólidos, entre outros.
Para potencializar a economia um Parque Tecnológico, pelo qual trabalhei em meu mandato de vereadora e chegou a ser aprovado pelo Estado na gestão anterior, precisa do empenho dos prefeitos para sair do papel. Vários arranjos econômicos são possíveis para criar uma marca atrativa para conseguirmos investimentos em nossa região.
Ano passado, ainda quando permitidas reuniões presenciais – fizemos um encontro com a Presença da Secretaria de Desenvolvimento Regional – Dr. Rubens Cury, do Tribunal de Contas – Dr. Dimas Ramalho, da Uniara – Dr. Fernando Passos, Diretor do Consórcio do ABC, Edgar Brandão Junior, entre outras autoridades. Aqui já identificamos o grande interesse de nossos prefeitos em avançar em nossa organização regional.
Pois bem, passadas as eleições, com novos prefeitos, retomamos as conversas e agora só temos um caminho, planejarmos as ações para criarmos um círculo virtuoso de desenvolvimento regional.
Na próxima quarta estaremos reunidos para, com força, combatermos a Covid e buscarmos as saídas para a crise econômica que enfrentamos.
Dra. Edna Martins é Socióloga, Especialista em gestão pública